Nesta sexta-feira (08), a Comissão Palestina para Assuntos de Detidos e Ex-Detidos informou que palestinos estão sendo sistematicamente torturados na prisão de Gilboa, em “Israel”.

Conforme informações de um advogado da organização que visitou a prisão, as autoridades de ocupação israelenses aumentaram o uso de tortura com eletricidade.

Sob o pretexto de inspeções, os sionistas algemam os prisioneiros, retiram-os de suas celas, e levam ao pátio da prisão para serem torturados. Lá são submetidos a choques elétricos, espancados e insultados.

O advogado informa que, após isto, eles são arrastados pelo piso de concreto e forçados a entrar na área dos chuveiros, onde suas roupas e corpos são encharcados antes de serem eletrocutados novamente, intensificando a tortura.

Diante da intensidade da tortura, vários prisioneiros palestinos perdem a consciência. Mostrando o quanto são nazistas, os guardas israelenses zombam e dão risada do sofrimento dos palestinos durante as torturas.

Não bastando, o advogado denuncia também que há escassez crítica de suprimentos de higiene e desinfetantes, o que potencializa o risco de infecções e transmissão de doenças. No que se refere à escassez de suprimentos, ele destacou que os palestinos presos são obrigados a usar pratos e colheres de plástico, cada um por um mês inteiro, aumentando o risco de transmissão de vírus e bactérias a cada uso. Ele informou que palestinos encarcerados na prisão de Naqab também passam por situação igualmente terrível.

Diante das denúncias, o Hamas emitiu declaração condenando os crimes dos israelenses contra os prisioneiros palestinos, afirmando que “constituem uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e humanitárias, além de confirmar a brutalidade e o fascismo desta ocupação”.

Leia, na íntegra, a declaração do Hamas:

“Tortura por choque elétrico nas prisões da ocupação é crime de guerra que exige responsabilização internacional

O dirigente do Hamas Abdul Rahman Shadid afirmou que as formas brutais de tortura sofridas por nossos prisioneiros nas prisões da ocupação, especialmente os relatos recentes vindos da prisão de Gilboa, que confirmam o uso de choques elétricos como ferramenta de vingança e humilhação, constituem uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e humanitárias, além de confirmar a brutalidade e o fascismo desta ocupação.

Shadid alertou para a gravidade do que nossos prisioneiros vêm sofrendo e para a escalada da repressão praticada contra eles, sendo submetidos às piores formas de privação e abuso físico e psicológico, afirmando que essas práticas são crimes de guerra que exigem responsabilização perante tribunais internacionais.

Ele apelou a todas as instituições de direitos humanos e organismos internacionais, especialmente aqueles voltados para a questão dos prisioneiros da ocupação, para que assegurem justiça e intervenção imediata a fim de deter essas violações, garantir proteção aos nossos prisioneiros e assegurar seus direitos humanos.

Conclamou nosso povo e nossa nação árabe e islâmica a intensificar as atividades populares e midiáticas em apoio aos prisioneiros, expor as práticas da ocupação perante a opinião pública mundial e manter sua causa na vanguarda de nossas prioridades nacionais, até que sejam libertos das garras da ocupação”.

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Last Update: 09/08/2025