O governo de Israel segue impedindo que socorro e alimentos cheguem a palestinos famintos, segundo informações da ONU.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do escritório humanitário da ONU (Ocha), Jens Laerke, afirma que apenas cinco caminhões chegaram a Gaza até a tarde de terça-feira, mas os trabalhadores não foram autorizados para realizar a devida distribuição.

Segundo Laerke, autoridades israelenses autorizaram a entrada de “cerca de 100” caminhões com ajuda para Gaza, mas ainda não os deixaram atravessar.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, toda essa carga representa apenas um quinto do que chegava diariamente à Gaza antes da guerra, e faria pouca diferença para reduzir a fome existente em meio a 11 semanas de cerco israelense.

A situação de fome em Gaza causou indignação global e pressionou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a afirmar no último domingo que encerraria o cerco à Gaza pois uma “crise de fome” afetaria a posição do país internacionalmente.

Em entrevista à rádio israelense Reshet Bet, o líder da oposição democrata Yair Golan, que chegou a atuar como vice-chefe do gabinete militar de Israel antes de entrar na política, afirmou que uma grande parte do dano estava feito em meio a uma campanha “injustificadamente brutal”.

“Um país são não se envolve em combates contra civis, não mata bebês como hobby e não tem como meta a expulsão de uma população”, disse ele, ressaltando que o governo Netanyahu estava levando Israel a um nível de isolamento semelhante ao da África do Sul durante o apartheid.

Enquanto isso, mais de 53 mil palestinos foram mortos pelas forças de Israel, sendo que mais da metade eram civis. Dados da ONU Mulheres estimam que mais de 28 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.

Leia Também

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 20/05/2025