Às 22h dessa segunda-feira (23) — horário de Brasília —, o Estado de “Israel” cessou suas agressões contra o povo iraniano. O nazissionismo vinha lançando bombas, mísseis e veículos aéreos não tripulados (VANTs) contra a nação persa desde o dia 12 de junho, quando lançou uma operação criminosa e não provocada. Desde então, centenas de civis iranianos haviam sido mortos, em uma repetição da covardia nazissionista testemunhada na Faixa de Gaza.
O fim dos ataques israelenses, longe de ser um gesto humanitário, é uma rendição do governo nazissionista. Debilitado após o poderosíssimo contra-ataque iraniano, o governo não viu outra opção a não ser cessar as agressões, na expectativa de que a República Islâmica do Irã também interrompesse sua operação. Caso contrário, o Estado de “Israel” poderia entrar rapidamente em colapso.
A capitulação israelense foi confirmada pelo governo iraniano. Até meia-noite desta terça-feira (24), o governo nazissionista de fato não havia iniciado nenhum novo ataque.
Antes de “Israel” cessar as hostilidades, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, havia dito publicamente:
“Contanto que o regime israelense pare sua agressão ilegal contra o povo iraniano o mais tardar às 4h [22h, no horário de Brasília], horário de Teerã, não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso.”
Como ficou claro, “Israel” decidiu interromper sua operação criminosa para que o Irã cessasse os contra-ataques. O chanceler, no entanto, também deixou claro que, “não há ‘acordo’ sobre qualquer cessar-fogo ou cessação das operações militares”. Isto é, a República Islâmica não se comprometeu em momento algum em cessar as hostilidades, apenas expôs que, para o governo nazissionista, o fim de sua operação criminosa seria a melhor forma de amenizar o impacto causado pela contra-ofensiva da nação persa.
Araghchi também afirmou que, “como o Irã tem repetidamente deixado claro: Israel lançou a guerra contra o Irã, e não o contrário”.
O chanceler anunciou ainda que as operações de contra-ataque “para punir ‘Israel’ por sua agressão” continuaram até o último minuto antes do fim das hostilidades nazissionistas. Ele agradeceu publicamente a bravura das Forças Armadas iranianas e afirmou que elas “permanecem prontas para defender nosso querido país até a última gota de sangue, e que responderam a qualquer ataque do inimigo até o último minuto”.
Os comentários do ministro iraniano vieram em resposta a um anúncio anterior do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que um cessar-fogo em fases havia sido mediado, com o Irã supostamente observando uma pausa de 12 horas seguida por um compromisso similar de “Israel”.
No entanto, a firme negação de Araghchi de tal acordo contradiz diretamente ao que foi anunciado por Trump. O Irã insiste que nenhuma trégua formal foi alcançada e que suas operações são estritamente condicionais a uma paralisação total da agressão israelense.
Operação Promessa Cumprida 3 consolidou Irã como potência militar
No dia 13 de junho, o Irã lançou a Operação Promessa Cumprida 3, a ação militar mais destrutiva que o Estado de “Israel” já conheceu. Segundo análise do militar iraniano Mohammad Molaei publicada na rede iraniana Press TV, a operação não apenas foi bem sucedida em retaliar a agressão, mas também consolidou o Irã como uma potência militar, alterando o equilíbrio de forças na região a favor dos povos oprimidos do Oriente Próximo.
Os alvos principais da operação foram a cidade de Telavive e bases aéreas estratégicas da ditadura sionista, como a Base Aérea de Nevatim, um centro crucial para as operações aéreas contra a República Islâmica. Molaei destaca que a operação foi além de uma mera retaliação, servindo como uma mensagem clara das crescentes capacidades defensivas e ofensivas do Irã para adversários regionais e globais.
“Esta operação foi não apenas uma resposta decisiva à agressão desenfreada da ‘entidade sionista’, mas também uma mensagem clara das crescentes capacidades defensivas e ofensivas do Irã para adversários regionais e globais”, afirmou o analista. A Operação Promessa Cumprida 3 começou com o lançamento de veículos aéreos não tripulados (VANTs) camicaze Shahed-136, destinados a engajar a força aérea de “Israel”, reduzir a pressão de contra-ataques potenciais e ganhar tempo para restaurar as defesas aéreas iranianas.
Essa etapa inicial foi crucial para desestabilizar as operações aéreas do inimigo e preparar o terreno para um ataque mais sofisticado. Às 23h, horário local, iniciou-se a primeira onda de mísseis balísticos, incluindo os avançados Fattah, Kheibar Shekan, Emad e Qadr, todos disparados com precisão contra alvos militares e de inteligência.
“Os objetivos principais foram a cidade de Telavive e bases aéreas-chave da ‘entidade sionista’, incluindo a Base Aérea de Nevatim, um centro crucial para as operações aéreas contra a República Islâmica”, explicou Molaei. Os mísseis hipersônicos Fattah, em particular, ganharam destaque devido à sua velocidade e precisão, tornando-se virais nas redes sociais e expondo a ineficácia dos sistemas de defesa aérea de “Israel”.
A operação prosseguiu com múltiplas ondas de ataques, intensificando a pressão sobre o enclave imperialista. A segunda onda, lançada por volta das 3h, visou infraestrutura econômica e militar em Haifa, Ascalão e instalações portuárias em Eilat, utilizando mísseis Kheibar Shekan e drones avançados. Ocorrida próximo ao amanhecer, a terceira onda concentrou-se em centros de comando e controle, como sedes de inteligência perto de Telavive e bases militares no Deserto de Negueve, paralisando as capacidades operacionais de “Israel”.
“Israel também tentou suprimir notícias de baixas e destruição para ocultar a verdadeira extensão das perdas. Apesar dessas tentativas, relatórios não oficiais e imagens de fontes independentes, incluindo ataques ao edifício da bolsa de valores em Telavive central, sublinharam a gravidade dos danos”, analisou Molaei. Essa censura, aliada à revelação de um relatório do jornal norte-americano The New York Times, publicado na última segunda-feira (30), sobre a escassez de interceptores do sistema Arrow 3, confirmou a incapacidade da ditadura sionista de gerenciar a crise.
A operação demonstrou a diversidade do arsenal iraniano, com mísseis como o Fattah-1, capaz de atingir velocidades de 13 a 15 Mach e manobrar de forma imprevisível, dificultando sua interceptação. O Ghadr, com alcance de até 1.950 quilômetros, e o Emad, conhecido por sua precisão de menos de 10 metros, também foram cruciais.
O Haj Qassem, nomeado em homenagem ao mártir Qasem Soleimani, e o Kheibar Shekan, com precisão de menos de 3 metros, destacaram-se por sua capacidade de penetrar defesas. Lançado na décima segunda onda, o míssil Sejjil impressionou por sua trajetória de 2.500 quilômetros e sua visibilidade nas redes sociais como um “cometa” no céu de Teerã.
Além disso, VANTs como o Shahed-136 e os Arash-1 e Arash-2 complementaram os mísseis, sobrecarregando os sistemas de defesa de “Israel”. “A operação até agora marca um ponto de virada nas capacidades militares e estratégicas do Irã, colocando a entidade sionista em um desafio sem precedentes através da execução de ataques combinados e multiníveis”, segundo Molaei.
A falha dos sistemas de defesa aérea do enclave imperialista, como o Domo de Ferro e o Arrow 3, diante dos mísseis iranianos, expôs suas limitações militares. O resultado foi que a operação não apenas infligiu danos materiais (e psicológicos), mas também interrompeu a cadeia de comando e a moral pública, enviando uma mensagem de que o Irã, com sua capacidade de dissuasão, pode neutralizar qualquer ameaça com respostas rápidas, coordenadas e devastadoras.
A análise publicada na Press TV destaca ainda que a Operação Promessa Cumprida 3 não foi apenas uma resposta tática, mas um marco estratégico na luta contra o imperialismo e a dominação da sionista na região. “Esse sucesso consolidou a posição do Irã como uma potência militar global com capacidades ofensivas e defensivas sem paralelos, alterando fundamentalmente o equilíbrio de poder na região a favor do Irã”, concluiu Molaei.
Ex-agente da CIA: ataque dos Estados Unidos foi limitado e contra alvos vazios
Na noite de 21 de junho, Donald Trump anunciou ter bombardeado instalações nucleares iranianas. O crime foi apresentado como um grande “sucesso” pelo governo norte-americano e pelo governo israelense; no entanto, não houve nenhum grande dano comprovado.
O ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos Scott Ritter fez duras críticas ao ataque. Ele classificou a operação norte-americana como um “ato de teatro político” e um “fracasso estratégico”. Segundo Ritter, o presidente Donald Trump bombardeou alvos que já estavam vazios. Ex-inspetor de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), Ritter afirmou que Trump atacou um suposto “alvo impenetrável” em Fordow, além de Natanz e Isfahan. Esses locais, no entanto, já estavam desertos. “Trump é uma vergonha nacional. Ele realizou um ato de teatro para salvar sua reputação”, disse o analista, conforme relatado por fontes iranianas.
Irã respondeu com firmeza ao ataque norte-americano
O Parlamento do Irã aprovou nesse domingo (22) uma medida histórica que autoriza o fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo, por onde transita cerca de 30% do petróleo transportado globalmente. A decisão foi tomada em resposta ao ataque criminoso dos Estados Unidos contra as instalações nucleares iranianas.
O Estreito de Ormuz, localizado entre o Irã e Omã, é um gargalo vital para o comércio internacional de petróleo. Diariamente, milhões de barris de petróleo extraídos de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Cuaite passam por esse estreito, sendo escoados para a Ásia, Europa e América. Seu bloqueio total ou parcial teria consequências imediatas sobre os mercados globais, pressionando o preço do barril de petróleo e aumentando os custos logísticos em escala internacional.
Nessa segunda-feira (23), o Irã também atacou uma base norte-americana no Catar. A operação, batizada pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) como “Anúncio da Vitória”, foi executada com mísseis balísticos de curto e médio alcance e teve como alvo a principal base militar dos Estados Unidos na região do Golfo Pérsico.
Antes de lançar o ataque, o Irã informou com antecedência os governos do Catar e dos Estados Unidos sobre sua intenção de retaliar a ofensiva norte-americana contra suas instalações nucleares. A ação deixou claro que a República Islâmica não age de forma aleatória ou suicida: atua com base no direito à legítima defesa e na dissuasão estratégica, conforme o direito internacional. Pelo contrário, são os Estados Unidos e “Israel” quem realizam agressões unilaterais, sabotagens, assassinatos seletivos e violações sistemáticas da soberania de nações inteiras.
‘Israel’ a beira do colapso
Durante os 12 dias da heroica Operação Promessa Cumprida 3, várias informações importantes mostraram como a sociedade israelense, já profundamente abalada com a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, estava entrando em um processo ainda mais acelerado de dissolução:
- Relatos de pânico generalizado, com pessoas tendo surtos no meio da rua ou nos bunkers
- Segundo a agência de notícias britânica Reuters, mais de 25 mil pessoas requisitaram voos para deixar “Israel” em um único dia
- Mais de 5 mil israelenses tiveram que fugir de suas casas por causa do contra-ataque iraniano
- Israelenses fugindo por terra, deslocando-se para o Deserto do Sinai para chegarem a Cairo (Egito)
- Israelenses fugindo de barco
- Em determinado momento, a Guarda Revolucionária do Irã declarou que “todas as áreas da Palestina ocupada foram transformadas em quartéis militares, em uma situação desesperadora e assustadora. Todos os centros militares foram evacuados, e o exército do regime implantou seus ineficazes sistemas de mísseis e defesa no meio de centros urbanos, cobrindo locais públicos”
Entre os locais destruídos pelas forças iranianas, estão:
- Aeroporto Ben Gurião
- Centro de Pesquisas Biológicas da entidade sionista
- Centros de comando e controle alternativos
- Sail Tower, sede da empresa de IA militar AI12 Labs
- Base aérea de Ouda (comando cibernético)
- Refinaria de Haifa
- Indústrias semicondutoras de Kiryat Gat
- Centro Rafael, em Haifa
- Prédio da Microsoft em Bersebá
- Estação de trem de Bersebá
- Bolsa de valores de Telavive
- A Usina Elétrica a Gás de Gezer
- Consulado dos Estados Unidos em Telavive
- Instituto de Ciências Weizmann
O impacto econômico também foi gigantesco:
- Houve uma queda de 3% no principal índice de ações de ‘Israel’, configurando a maior queda desde o início da guerra genocida contra a Palestina, com perda de US$14 bilhões em um único dia
- Fechamento generalizado de mercados nos territórios ocupados
- Grave escassez de produtos
- Autoridades Tributárias de “Israel” receberam 22.932 reclamações desde o início da guerra com o Irã, sendo 18.890 por danos estruturais, 1.827 por danos a veículos e 2.215 por danos a bens materiais
Por fim, a própria situação militar se tornou insustentável:
- Com a guerra se arrastando, “Israel” estava disparando interceptadores mais rápido do que consegue produzi-los. O exército israelense já teve que reduzir o uso de interceptadores e estava dando maior prioridade à defesa de áreas densamente povoadas e infraestrutura estratégica, abandonando a segurança de sua população
- “A última onda iraniana foi de apenas 25 mísseis, mas nossas defesas aéreas estão ficando significativamente mais fracas — estamos preocupados que o Irã possa lançar ataques mais significativos com o passar do tempo”, afirmou uma fonte sionista
- A defesa antimísseis custa a Israel até 1 bilhão de shekels, ou cerca de US$285 milhões, por noite, enquanto o míssil mais moderno do Irã, o Fatá-1, custa apenas cerca de US$200.000 para ser produzido