O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou tentativas de bloqueio de um acordo de cessar-fogo em Gaza, mas documentos revelam que a adição de novas condições às demandas israelenses pode ser um obstáculo a mais para um acordo.

Uma reportagem do jornal The New York Times revela as novas posições adotadas pelo governo israelense, destacando que as manobras do governo Netanyahu “sugerem que o acordo pode ser ilusório nas negociações programadas para começar esta semana”.

A lista foi apresentada aos mediadores americanos, egípcios e catarianos, e estabelecem condições menos flexíveis a uma listagem inicial apresentada em maio.

Entre outras condições, o documento apresentado pouco antes de uma cúpula na Itália em 28 de julho sugere que as tropas israelenses vão ficar com o controle da fronteira sul de Gaza, uma condição que não estava presente na proposta de maio.

Os israelenses também apresentaram uma posição menos flexível sobre permitir que os palestinos refugiados voltem para suas casas no norte de Gaza quando os combates forem interrompidos.

Além disso, os israelenses incluíram um mapa apontando que Israel seguirá no controle do chamado Corredor Filadélfia, a região de fronteira entre Gaza e Egito. Em maio, a proposta dizia que as tropas israelenses deixariam a região.

Apesar de criticarem a “intransigência do Hamas”, críticos israelenses culpam Netanyahu de forma parcial pelo impasse, uma vez que suas condições podem comprometer as negociações.

Alguns afirmam que esse movimento preza pela estabilidade de seu governo acima da segurança dos reféns (a maioria no Parlamento está condicionada à participação de políticos de extrema-direita à prevenção de um acordo de cessar-fogo).

Leia Também

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 13/08/2024