De acordo com relatório do Ministério da Saúde de Gaza, 52.653 palestinos já foram mortos desde outubro de 2023. Desde março, quando foi rompido o acordo de cessar-fogo alcançado em janeiro, são 2.545 mortos na nova ofensiva israelense.
Os últimos dias têm sido marcados por uma série de bombardeiros realizados através da Força Aérea de “Israel”. Na Rua Al-Wehda, em um desses ataques cruéis realizados abertamente contra os civis, foram mortos 33 palestinos. O Movimento da Resistência Islâmica (Hamas) denunciou que a ocupação tem atacado deliberadamente civis, incluindo abrigos, centros de deslocados e pontos de distribuição de alimentos, como parte de um genocídio sistemático que visa causar o maior número possível de vítimas. A organização palestina convoca os povos de todo o mundo para que intensifiquem a mobilização popular por todos os meios em solidariedade ao povo palestino e pela responsabilização dos líderes israelenses já condenados como criminosos de guerra pelas cortes internacionais.
A nova ofensiva ocorre num momento em que o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, anunciou que o exército sionista está disposto para realizar uma incursão na Faixa de Gaza com fins de ocupação permanente na região, fazendo coro com os seus ministros de extrema direita Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, colocando que a operação militar é uma guerra pela vitória total, ou seja, pelo total controle da região.
Diante do aumento da agressividade tanto nas declarações, tanto na ação militar por parte dos sionistas, a União Europeia renovou um apelo para que “Israel” reitre o bloqueio e permita que a ajuda humanitária chega aos palestinos. Também criticou o sistema de entrega de ajuda que foi realizado por empresas privadas e fez um pedido pelo cessar-fogo e pela libertação imediata dos prisoneiros.
A Anistia Internacional também declarou que a atuação de “Israel” com o foco de manter os palestinos confinados em “bolhas fechadas” são atos genocidas e caracterizados como crimes de guerra. Erika Rosas, Diretora da Anistia, classificou os planos anunciados por Benjamin Netaniahu de avançar no genocídio como um golpe final para os palestinos em Gaza.
No campo de batalha, os sionistas não tem tido sucesso diante da Resistência Palestina. Nessa semana, as Brigadas Al-Qassam, ala militar do Hamas, realizaram uma emboscada contra o exército sionista no sul da Faixa de Gaza. A operação faz parte de uma onda mais ampla de operações realizadas pela Resistência contra os militares sionistas. Em Jenin, foi realizado um ataque contra colonos israelenses que resultou em quatro feridos após tiros atingirem um veículo israelense.