As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) operaram uma série de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, na madrugada de terça-feira (18) pelo horário local. A ofensiva marca a quebra do acordo de cessar-fogo com o Hamas, que passou a vigorar em janeiro.
No Telegram, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que ao menos 413 pessoas foram mortas e outras 660 ficaram feridas devido aos bombardeios. As autoridades ainda afirmaram que muitas dessas vítimas são mulheres e crianças e que outras ainda estão soterradas sob os escombros.
Além dos civis, pelo menos quatro funcionários do Hamas foram mortos, de acordo com relatos e o escritório de mídia do governo de Gaza. São eles: Mahmoud Abu Wafah , subsecretário do Ministério do Interior; Issam al-Dalis , chefe de obras públicas do governo; Ahmed al-Hatta , subsecretário do Ministério da Justiça; e Bahjat Abu Sultan , diretor-geral do serviço de segurança interna.
A Defesa Civil de Gaza afirmou que 35 ataques aéreos foram registrados entre a Cidade de Gaza, em Deir Al-Balah, na região central, e em Rafah e Khan Younis, no sul.
Israel, que impôs um bloqueio total de ajuda humanitária a Gaza há mais de duas semanas, emitiu novas ordens de deslocamento forçado para diversas áreas.
O que diz Israel e o Hamas
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu declarou que a operação visa “atingir objetivos de guerra” contra alvos e lideranças do Hamas, após o grupo se recusar a libertar os reféns ainda mantidos em Gaza e rejeitar propostas sobre a segunda fase do cessar-fogo, ainda em negociação.
“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente“, prometeu Israel, em comunicado.
O grupo palestino, por sua vez, classificou os ataques como “violação flagrante de convenções humanitárias” e responsabilizou os Estados Unidos, aliado dos israelenses e mediador do cessar-fogo, pelo conhecimento prévio do bombardeio mortal, o que “confirma sua parceria direta na guerra de extermínio contra nosso povo“.
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