Na quarta-feira (7), o Ministério da Saúde acusou Israel de impedir a entrada de mais de um milhão de vacinas contra a pólio na Faixa de Gaza. “O território de Gaza precisa de 1,3 milhão de doses da vacina contra a pólio, Israel ainda se recusa a permitir a entrada das vacinas na Faixa”, disse Musa Abed, Diretor de Cuidados de Saúde do ministério.
O risco de propagação do vírus da pólio na Faixa de Gaza ainda existe em meio à agressão israelense em curso e à privação da população de ferramentas de higiene pública. Qualquer atraso no fornecimento das vacinas agravará as já precárias condições de saúde e terá sérias repercussões na saúde das crianças e de grupos vulneráveis, como os idosos e os doentes”, acrescentou Abed.
Há uma iminente catástrofe epidemiológica na Faixa de Gaza devido ao surto de doenças transmitidas pela água ou respiratórias. Há mais de 100.000 casos de hepatite epidêmica… no ano anterior à agressão israelense havia apenas 85 casos em toda a Faixa de Gaza”, alertou o Ministro da Saúde, Majed Abu Ramadan, no dia 4 de agosto.
O mais perigoso que estamos enfrentando é a possibilidade de um surto epidêmico de pólio na Faixa de Gaza”, acrescentou o ministro da Saúde.
No dia 18 de julho, o Ministério da Saúde divulgou um comunicado alertando sobre o vírus da pólio em Gaza, que foi encontrado em testes de amostras de esgoto realizados em coordenação com a UNICEF. O ministério afirmou que a presença e a propagação do vírus da pólio são causadas pelo superlotamento de pessoas deslocadas, pela destruição da infraestrutura de saúde e saneamento e pela falta de suprimentos médicos e de limpeza. Alertou que isso representa uma ameaça para milhares de palestinos e pediu o fim imediato da guerra, o fornecimento de água potável e o reparo das linhas de esgoto destruídas pelas forças israelenses.