Israel afirmou que está pronto para encerrar a guerra com o Irã nesta segunda (23), mas o país islâmico respondeu que “ainda não é a hora” de o conflito acabar. A mensagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal e pela emissora pública israelense Kan.
A condição do governo israelense era de que o rival acabasse com seu programa nuclear. A resposta foi dada horas após o Irã lançar mísseis contra bases americanas no Catar e no Iraque, em retaliação aos ataques promovidos contra seu território pelos Estados Unidos no fim de semana.
O governo iraniano afirmou que não aceitará um cessar-fogo até que suas condições sejam atendidas. Israel, por sua vez, acredita que já atingiu seus principais objetivos com os ataques ao danificar instalações nucleares do Irã.
Em um pronunciamento feito neste domingo (22), um oficial israelense declarou ao The Times of Israel que o país estaria disposto a encerrar os bombardeios caso o Irã concorde com seus termos. Membros da gestão Netanyahu dizem que o objetivo é evitar uma guerra prolongada.
“Depende do Irã, não de nós. Estamos felizes em encerrar agora; se houver um acordo no final, Israel ficará satisfeito com o resultado”, disse aliado de Netanyahu em condição de anonimato. A expectativa do governo israelense é que os ataques americanos forcem o Teerã a negociar.
Também neste domingo, Netanyahu disse que os bombardeios só vão ser encerrados quando Israel atingir seus objetivos.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) atacaram na manhã desta segunda alvos estratégicos em Teerã, incluindo instalações da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e a famosa Prisão de Evin, usada para deter opositores políticos.
Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, afirmou que eles estão promovendo ofensivas com “intensidade sem precedentes” e que outros alvos iranianos incluem quartel-general de segurança interna da IRGC e a sede da organização Basij, um grupo paramiltar voluntário.
O conflito entre Irã e Israel teve início no dia 13 de junho e já deixou ao menos 400 mortos e 3.056 no primeiro país, e 24 vítimas fatais no segundo.
