Nesta quinta-feira (23), foi noticiado por órgãos de imprensa israelenses que o governo de Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”, pediu aos Estados Unidos para que o prazo do cessar-fogo com o Hesbolá seja prorrogado em 30 dias.
O cessar-fogo, que formalmente entrou em vigor no final de novembro de 2024, previa, dentre outras coisas, que “Israel” deveria retirar suas tropas do Líbano no prazo de 60 dias, dentro do qual não poderia atacar o país. Contudo, durante esse período, “Israel” violou o cessar-fogo diariamente, tanto realizando ataques que destruíram mais de 800 imóveis e resultaram no assassinato de quase 30 pessoas, como realizando avanços no terreno, com suas tropas alcançando posições que não haviam conseguido alcançar enquanto Hesbolá estava repelindo a invasão sionista.
Segundo o jornal israelense The Times of Israel, citando o Haaretz (outro jornal israelense), autoridades dos EUA e da França já estariam discutindo com autoridades israelenses e libanesas a possível prorrogação da ocupação israelense no sul do Líbano. Destaca-se que as autoridades libanesas não são do Hesbolá, mas do governo libanês recém-formado.
Conforme fonte ouvida pelo Haaretz, a França não teria problemas em aceitar a prorrogação da ocupação, desde que demais partes estivessem em acordo. No entanto, a Rádio do Exército (israelense) noticiou nesta quinta-feira (23) que Donald Trump, presidente dos EUA, estaria menos inclinado a aceitar a prorrogação.
O Hesbolá foi enfático em seu pronunciamento sobre a situação, afirmando que qualquer prorrogação do prazo original (de 60 dias) é uma flagrante violação ao acordo firmado. O partido revolucionário afirmou que “o período de 60 dias para a retirada final do inimigo sionista do território libanês está prestes a terminar, e isto exige a sua implementação total e abrangente, de acordo com o que foi declarado no acordo de cessar-fogo“.
Enquanto isto, também nesta quinta-feira, uma força francesa da UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), posicionada no sul do país supostamente para garantir a “paz”, disse aos moradores de Qantara para evacuarem a cidade, pois as forças israelenses de ocupação estariam vindo, conforme noticiado pelo The Cradle, reproduzindo informações do jornal libanês Al-Akhbar. Destaca-se que os invasores sionistas não conseguiram invadir a cidade durante a guerra contra o Hesbolá.
Já o exército libanês nada está fazendo contra o avanço das forças israelenses de ocupação.