Na última segunda-feira (19), o exército da ditadura sionista emitiu uma ordem de deslocamento forçado para 90% dos residentes de Khan Younis, segunda maior cidade de Gaza, intensificando sua ofensiva na região, segundo a rede catarense Al Jazeera. A ordem orientou os palestinos a se dirigirem a Al-Mawasi, uma área designada como “segura”, mas que tem sido alvo de ataques do enclave imperialista.

Na noite anterior, um bombardeio em Al-Mawasi matou uma família em uma tenda, conforme relatos de moradores à agência de notícias Reuters. A situação deixa os deslocados sem opções seguras, enfrentando fogo cruzado e bombardeios contínuos.

Os ataques, que incluíram artilharia, drones e quadricópteros, atingiram também na cidade de Gaza, Nuseirat e Deir al-Balah. Um residente de Khan Younis, Ahmed Abu Taha, afirmou: “não há lugar seguro. Eles nos dizem para ir a Al-Mawasi, mas bombardeiam lá também”. Desde outubro de 2023, mais de 1,9 milhão de palestinos foram deslocados, segundo a ONU, muitos vivendo em tendas sob condições desumanas. A ordem de evacuação coincide com a destruição de infraestrutura essencial, como escolas e hospitais, agravando a crise humanitária.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, em 18 de maio de 2025, alertou que Al-Mawasi não possui capacidade para abrigar milhares de deslocados, faltando água, comida e saneamento. Porta-voz da UNRWA, Adnan Abu Hasna declarou: “os deslocados estão sendo caçados, sem refúgio ou proteção”. A ditadura sionista justificou a ofensiva como necessária para “neutralizar ameaças”, mas não forneceu detalhes.

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Last Update: 20/05/2025