Uma reportagem do jornal libanês Al Mayadeen revelou a crise que o estado sionista de “Israel” enfrenta na guerra contra o Irã, diretamente relacionado à capacidade de suas defesas. Uma das variáveis que determinarão a continuidade da guerra e a sua duração é a relação do alto número de mísseis de longo alcance por parte do Irã contra o estoque de interceptadores de “Israel”.
A propaganda imperialista sempre fez questão de apresentar a força militar israelense como uma das mais poderosas e eficientes do mundo, no entanto, recentemente essa propaganda tem caído por terra. Primeiro com os fracassos militares contra a Resistência Palestina, que resultou em consideráveis baixas para o sionismo e agora, com os bombardeios sofridos pelo Irã, que logo na primeira semana atingiram importantes pontos em Telavive.
O motivo da crise, é que com os bem-sucedidos ataques do Irã, “Israel” não consegue produzir interceptadores, na mesma medida em que eles são necessitados. Finalmente, há um temor entre as autoridades sionistas de que os interceptadores acabem antes dos mísseis iranianos, o que tem feito com haja mais prioridade em proteger áreas mais povoadas e com infraestrutura crítica. Uma mostra de quão forte tem sido a ação do Irã, é no último dia 18, foram lançados aproximadamente 400 mísseis e 40 romperam as defesas israelenses.
A defesa israelense é composto por um sistema robusto, que foi construído com grande investimento do imperialismo, como o Domo de Ferro é usado principalmente para foguetes de curto alcance, frequente lançados a partir da Faixa de Gaza. Entretanto, o sucesso dos ataques iranianos tem colocado em cheque a eficácia do sistema de segurança, pois o número de vítima tem aumentado, com o mísseis iranianos acertando os seus alvos diretamente.
A preocupação é com a possível racionalização do uso dos interceptadores, que podem ser levados para locais-chave com a instalação nuclear de Dimona ou centros militares em Telavive. Uma declaração que confirma a preocupação e a importância da crise dos interceptadores foi a do ex-oficial sênior do Mossad, Zohar Palti, que alertou “Israel tem uma janela de dois ou três dias para declarar vitória e encerrar a guerra”.
A declaração está no sentido de “Israel” ter pressa para encerrar o conflito e até se declarar “vitorioso”, pois quanto mais tempo a guerra se estender, ficarão com o seu sistema de defesa sobrecarregado e estarão mais frágeis diante da força militar do Irã.
A matéria ainda trouxe a possibilidade levantada pelos sionistas de que, diante do fracasso em se defender dos mísseis, o ideal seria atacar os lançadores de mísseis do Irã. Segundo a imprensa imperialista, um terço dos lançadores iranianos já haviam sido atingidos pelos sionistas, o que teria afetado significativamente a força militar do país persa.
No entanto, o que se vê na prática é o contrário. A Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã realizou no último dia 19, como parte da Operação Promessa Verdadeira 3, a 14ª onda de ataques contra locais estratégicos nas áreas ocupadas pelos israelenses. A própria imprensa israelense admitiu que foi o maior bombardeio de mísseis iranianos contra “Israel” nos últimos dias, o que mostra que a força militar iraniana não foi gravemente afetada pelos supostos ataques aos seus lançadores e continua com forte atuação na guerra.
