O exército de Israel retomou as operações terrestres na Faixa de Gaza, encerrando efetivamente o cessar-fogo com o Hamas que estava em vigor desde janeiro.
Em meio a ataques aéreos, Israel disse nesta quinta-feira (20) que começou a conduzir atividades terrestres no norte da Faixa e proibiu o tráfego de civis na principal via que liga o norte ao sul do território palestino.
“Nas últimas 24 horas, soldados das IDF [Forças de Defesa de Israel] iniciaram uma operação terrestre direcionada no centro e sul da Faixa de Gaza (…) Para sua segurança, o movimento ao longo da estrada Salah al-Din entre o norte e sul, em qualquer direção, é proibido”, disse o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, na rede social X.
Desde o amanhecer, pelo menos 85 pessoas foram mortas no enclave. Nos últimos três dias, Israel já matou ao menos 506 pessoas, sendo 200 crianças, e feriram 909, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Com isso, o número total de vítimas em Gaza desde 7 de outubro de 2023 chegou a 49.617, com 112.950 feridos, segundo o relatório.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, chegou a dizer aos residentes de Gaza que os ataques recentes eram “o último aviso”. “Devolvam os reféns e eliminem o Hamas, e outras opções serão abertas, incluindo a possibilidade de se deslocarem para outros lugares do mundo para aqueles que desejarem”, afirmou.
O Hamas, por sua vez, declarou que está em diálogo constante com mediadores do conflito, que envolve autoridades do Catar e do Egito, para que os ataques mortais de Israel cheguem ao fim.
O grupo palestino ainda afirmou que continua comprometido com o acordo de cessar-fogo original assinado em janeiro e pediu por “pressão usando todos os meios possíveis, políticos e populares” para alcançar a paz em Gaza.
Com informações da AFP, Reuters e Al Jazeera.
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