A escalada de violência no Oriente Médio alcançou um novo patamar no domingo (25). O governo de Israel lançou um ataque aéreo no sul do Líbano, utilizando mais de cem caças para atingir bases do Hezbollah.
O ataque foi justificado pelo governo de Benjamin Netanyahu como uma medida preventiva, pois havia a iminência do grupo lançar foguetes contra o território israelense. Até o momento, ao menos três mortes foram registradas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
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Este é mais um episódio promovido por Israel que agrava a guerra e distancia, deliberadamente, todos os esforços pela paz – ao contrário do que tentam vender para o mundo.
O Hezbollah começou os ataques que deveriam contar 320 foguetes em 11 alvos militares, como informado. O grupo disse que era uma resposta a morte do comandante Fuad Shukr e de outros cidadãos, ocorrida em julho.
Esta seria a primeira fase de ataques em resposta a morte de Shukr. Conforme declarou líderes do grupo, a ofensiva de Israel não atrapalhou os planos de revide.
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As Forças Armadas de Israel confirmam que parte dos foguetes e drones foi interceptada pelo Domo de Ferro. Não foram computadas mortes. Com isso, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou estado de emergência por 48 horas.
Preocupação na ONU
O agravamento da crise fez com que o secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestasse preocupação: “colocam as populações libanesa e israelense em risco, além de ameaçar a segurança e a estabilidade regionais.”
Em nota, ele pede redução imediata das hostilidades, com a renúncia das partes pelo combate e respeito a resolução 1701 do Conselho de Segurança da entidade.
Segundo a ONU, “a resolução 1701 pede por respeito à Linha Azul (fronteira israelo-libanesa), o desarmamento de todas as milícias no Líbano e fim ao contrabando de armas na região”. Esta foi criada com a finalidade de trazer uma resolução para a Guerra do Líbano em 2006.
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Os ataques são um reflexo da guerra de Israel contra o Hamas, em Gaza.
Segundo a ONU, 80% dos prédios em Gaza foram destruídos por Israel, mais de 207 funcionários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foram mortos, as zonas humanitárias no enclave foram reduzidas a apenas 11% do território e o número total de palestinos mortos supera 40 mil pessoas.
*Com agências de notícias internacionais