Sexta-feira à noite (24) foi marcada por intensa troca de mísseis, mas que até o momento não registra mortes
A noite de sexta-feira (24) para sábado (25) foi marcada por troca de acusações e misseis no Oriente Médio. Israel iniciou uma ofensiva que teria envolvido mais de 100 caças para atingir bases do grupo Hezbollah, no sul do Líbano.
O governo de Benjamin Netanyahu alega que se trata de uma ação preventiva, porque teria identificado que o Hezbollah estava “se preparando para disparar mísseis e foguetes em direção ao território israelense”, afirmou o principal porta-voz do Exército de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari.
Logo em seguida à ofensiva israelense, o Hezbollah afirma ter lançado mais de 300 mísseis contra 11 bases militares de Israel. Segundo o grupo, a ofensiva faz parte do início de uma resposta contra o assassinato do líder Fuad Shukr, ocorrido após um ataque israelense no final de julho, em Beirute, capital do Líbano.
Até o momento, nenhum dos lados afirmou ter havido mortes em decorrência dos ataques. Israel declarou situação de emergência por 48 horas. Voos da capital Tel Aviv também foram cancelados.
Esta nova ofensiva de ataques é decorrência do massacre que Israel vem realizando contra a Palestina desde outubro do ano passado. Desde então, cerca de 80% dos edifícios na Faixa de Gaza foram destruídos por ataques israelenses, ainda segundo estimativas da ONU.
Nesta semana foi apresentado um balanço dos efeitos dos ataques israelenses na Faixa de Gaza. Segundo as Nações Unidas, as ofensivas já mataram mais de 207 funcionários voluntários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) da ONU.
Além disso, Israel reduziu as zonas humanitárias a apenas 11% do território de Gaza. A informação foi confirmada pela UNRWA.
O número de vítimas fatais em território palestino se aproxima de 40 mil pessoas segundo balanço mais recente divulgado por autoridades locais.
Publicado originalmente pelo Brasil de Fato em 25/08/2024 – 11h00
Edição: Douglas Matos