Em meio à escalada de ataques israelenses na Faixa de Gaza nos últimos dias, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que atacaram a sede da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), após ordenarem que todos os civis deixem a Cidade de Gaza em direção ao sul do enclave.

Segundo o Exército israelense, combatentes do Hamas estariam dentro do prédio da UNRWA. A ação ocorre após bombardeios, nos últimos quatro dias, destruírem quatro escolas controladas pela Agência.

Ontem, um ataque aéreo israelense contra a escola al-Awdah, em Khan Younis (sul de Gaza), matou pelo menos 30 pessoas e feriu outras 53, a maioria mulheres e crianças, segundo médicos locais.

O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, manifestou indignação sobre a situação e pediu um cessar-fogo imediato. “Quatro escolas atingidas nos últimos quatros dias. Desde que a guerra começou, dois terços das escolas da UNRWA em Gaza foram atingidas, algumas foram bombardeadas, muitas severamente danificadas”, explicou.

“As escolas passaram de lugares seguros de educação e esperança para crianças a abrigos superlotados e muitas vezes acabando em um lugar de morte e miséria. Nove meses depois, sob nossa vigilância, as implacáveis ​​e intermináveis ​​mortes, destruição e desespero continuam. Gaza não é lugar para crianças. O flagrante desrespeito ao direito internacional humanitário não pode se tornar o novo normal. Cessar-fogo agora, antes que percamos o que resta de nossa humanidade comum”, acrescentou Lazzarini.

Em comunicado, o Hamas declarou que o ataque à escola al-Awda é a “extensão da guerra de extermínio contra nosso povo pelo governo terrorista sionista”. O grupo também apelou à população árabe e muçulmana que intensifique os protestos contra a guerra.

No último relatório de vítimas, o ministério da Saúde palestino contabilizou pelo menos 38.295 mortos na guerra em Gaza. Só nas últimas 24 horas, 52 palestinos foram mortos e 208 ficaram feridos.

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Última Atualização: 10/07/2024