As ações militares das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) na Faixa de Gaza já mataram 197 funcionários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), desde o início da guerra contra o Hamas, em 7 de outubro de 2023. Esse número de vítimas corresponde aos dados contabilizados até dia 14 de julho.
Nas últimas semanas, escolas da Agência da ONU – que têm abrigado palestinos deslocados no enclave – tornaram-se alvos constantes dos bombardeios do Exército israelense, que justifica suas ações a partir de alegações de que combatentes do Hamas estariam usando os edifícios.
Segundo balanço da UNRWA, em pouco mais de nove meses de conflito, 189 de suas instalações foram danificadas. Além disso, apenas 10 dos 26 centros de saúde da Agência em Gaza estão em operação.
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, usou as redes sociais para chamar atenção sobre a situação e, mais uma vez, pedir “cessar-fogo imediato”. De acordo com ele, os ataques israelenses às escolas se tornaram “uma ocorrência quase diária”.
“Pelo menos oito escolas foram atingidas nos últimos 10 dias, incluindo seis escolas da UNRWA”, escreveu Lazzarini. “A guerra roubou a infância e a educação das meninas e dos meninos de Gaza. Escolas nunca devem ser usadas para fins de luta ou militares por nenhuma parte do conflito. Escolas não são um alvo”, acrescentou.
No último relatório de vítimas, o Ministério da Saúde palestino contabilizou pelo menos 38.794 mortos na guerra em Gaza, sendo que 81 desses óbitos foram registrados nas últimas 24 horas. Outras 89.364 pessoas ficaram feridas.
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