O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, intensificou sua ofensiva militar na Síria, após a queda da dinastia de Bashar al-Assad. Para a especialista política sobre o Oriente Médio, Sanam Vakil, os israelenses estão aproveitando a incerteza no território sírio para impor sua “nova estratégia” de segurança.
Segundo Vakil, que é diretora do programa do Oriente Médio na Chatham House, uma organização sem fins lucrativos sobre política internacional, a operação militar das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), viola a soberania da Síria.
“Isso é, obviamente, uma violação da soberania da Síria e a falta de reação internacional é flagrante e será um mau presságio para os objetivos de Washington de integrar Israel ao Oriente Médio”, disse Vakil ao veículo de comunicação catariano Al Jazeera.
“Os estados árabes se sentem muito desconfortáveis com o que parece ser a nova estratégia de segurança de Israel de criar zonas-tampão em suas fronteiras usando terras árabes”, acrescentou Vakil.
Nos últimos dias Israel tomou territórios em áreas controladas pela Síria nas Colinas de Golã. Anteriormente, já havia classificado uma área do sul do Líbano como uma “zona proibida”, ou seja, proibida de ser ocupada pela população local.
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