O chefe de guerra israelense declarou que Tel Aviv ‘irá caçar’ o líder da resistência iemenita, citando os assassinatos de Hassan Nasrallah, Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar como exemplos
Aviões de guerra israelenses bombardearam pesadamente os portos iemenitas de Hodeidah, Ras Issa e Al-Salif em 16 de maio, visando infraestrutura crítica na costa ocidental do país.
Relatos na mídia hebraica indicam que dezenas de aviões israelenses participaram dos ataques, incluindo caças, reabastecedores e aviões espiões.
“Como dissemos, se os Houthis continuarem a disparar mísseis contra Israel, eles sofrerão golpes dolorosos, e também atacaremos as cabeças do terror, assim como fizemos com Deif e os Sinwars em Gaza, com Nasrallah em Beirute e com Haniyeh em Teerã”, disse o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, nas redes sociais após os ataques.
“Também caçaremos e eliminaremos Abdul Malik al-Houthi no Iêmen. Nos defenderemos com nossas próprias forças contra qualquer inimigo”, acrescentou Katz.
Em um discurso na quinta-feira, o líder do Ansarallah, Abdul Malik al-Houthi, revelou que as Forças Armadas do Iêmen (YAF) realizaram nove operações em apoio aos palestinos em Gaza, incluindo “ataques ao Aeroporto Ben Gurion com mísseis hipersônicos e balísticos e drones, com o objetivo de impor um embargo aéreo a Israel”.
“Nossa posição em apoio a Gaza nunca diminuiu ou enfraqueceu; ela permanece firme”, confirmou o líder da resistência, condenando também a pressão contínua para que mais nações árabes normalizem os laços com Israel.
“Reconhecer Israel em seu estado criminoso é traição; a normalização abandona a causa palestina”, disse Houthi.
Os ataques de sexta-feira à nação mais pobre do mundo árabe coincidiram com grandes mobilizações populares que ocorrem semanalmente em apoio à Palestina e à YAF.
Dezenas de milhares de manifestantes entregaram uma mensagem ao povo palestino na Praça Al-Sabeen, em Sanaa, comemorando o aniversário desta semana da Nakba , declarando: “Com sua luta em nome de Deus e sua paciência, vocês evitarão uma recorrência da Nakba”.
No início deste mês, Israel destruiu o Aeroporto Internacional de Sanaa em retaliação ao bloqueio aéreo imposto pela Força Aérea Israelense (YAF). O ataque ocorreu horas antes de os EUA capitularem diante do Iêmen, concordando com um acordo de cessar-fogo após mais de um ano de fracasso em deter a resistência iemenita.
Publicado originalmente pelo The Cradle em 16/05/2025