Desde o começo desta semana, “Israel” intensificou sua campanha genocida de bombardeios contra os palestinos de Gaza. 

Na quinta-feira (15), os ataques aéreos mais intensos foram perpetrados contra Jabalia e Beit Lahia, no norte de Gaza. Mais de 120 palestinos foram assassinados.

Nesta sexta-feira (16), assim como ocorreu nos últimos dias, mais de 100 palestinos, a maioria crianças, adolescentes e mulheres, foram assassinados nos ataques aéreos.

O Ministério da Saúde de Gaza, em seu informe diário sobre o genocídio perpetrado por “Israel”, informou que “um total de 109 mártires (incluindo 1 mártir recuperado) e 216 feridos chegaram aos hospitais na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas”. 

O informe foi publicado no início da noite (horário de Gaza) e, nele, foi igualmente informado que o número preliminar de pessoas que chegaram aos hospitais desde o amanhecer de hoje até agora: 93 mártires e mais de 200 feridos em consequência dos massacres e ataques da ocupação contra civis na Faixa de Gaza”.

O Ministério também destacou que “várias vítimas ainda estão sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las”, de forma que o número de civis mortos e feridos é ainda maior.

Pronunciando-se sobre os crimes dos sionistas, o diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza informou que “Israel” está realizando ataques sistemáticos contra os hospitais, bem com confirmou que a Faixa de Gaza está “testemunhando massacres de limpeza étnica que resultaram no martírio de 250 pessoas em apenas 36 horas”. Nesse sentido, o porta-voz do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa descreveu a situação da saúde em Gaza como uma verdadeira catástrofe.

Além disso, o diretor-geral denunciou que aumentam os casos de fetos malformados em decorrência dos ataques israelenses, alertando para uma grave escassez de suprimentos médicos, equipe médica e unidades de terapia intensiva em Gaza.

O governo de “Israel” afirmou que a intensificação dos bombardeios é uma preparação para uma nova ofensiva terrestre, que desta vez seria expandida e seria realizada “caso as negociações de cessar-fogo em andamento não produzam um avanço”, conforme noticiado pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth (Ynet). Em suma, uma tentativa de subjugar a Resistência Palestina através do assassinato de civis.

Em comunicado oficial sobre os crimes israelenses, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), partido que lidera a resistência palestina, declarou que a “escalada sangrenta contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza, por meio de massacres sucessivos e bombardeios brutais, empregando uma política de terra arrasada e bombardeios intensivos e indiscriminados de bairros residenciais, campos de deslocados, hospitais, mesquitas e abrigos” é “uma tentativa desesperada de impor equações de rendição ao nosso povo firme”.

O Hamas denunciou que “nosso povo palestino enfrenta um genocídio documentado em áudio e vídeo, à vista de todos”, bem como apontou a “completa ausência de ação efetiva por parte das Nações Unidas e suas instituições, em especial o Conselho de Segurança da ONU”, o que “é uma cena que reflete um fracasso político, moral e humanitário sem precedentes”.

Leia a nota do Hamas na íntegra:

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

“Comunicado de imprensa

O inimigo sionista criminoso continua sua escalada sangrenta contra o nosso povo palestino na Faixa de Gaza, por meio de massacres sucessivos e bombardeios brutais, empregando uma política de terra arrasada e bombardeios intensivos e indiscriminados sobre bairros residenciais, campos de deslocados, hospitais, mesquitas e abrigos, numa tentativa desesperada de impor equações de rendição ao nosso povo resistente.

Nas últimas horas, o exército de ocupação cometeu massacres horríveis, matando mais de 250 pessoas e ferindo centenas, incluindo crianças, mulheres e famílias inteiras, no norte e no sul da Faixa de Gaza.

Os massacres em escalada contra civis por parte da ocupação expressam a insistência do governo terrorista de Netaniahu em continuar cometendo um genocídio em Gaza, sem qualquer respeito pela lei ou pelos mecanismos de responsabilização e justiça internacionais.

Nosso povo palestino está enfrentando um genocídio documentado em áudio e vídeo, diante dos olhos do mundo inteiro. Há uma ausência completa de ação efetiva por parte das Nações Unidas e suas instituições, especialmente o Conselho de Segurança da ONU. Essa é uma cena que reflete um fracasso político, moral e humanitário sem precedentes.

Nós, do Hamas, conclamamos os países árabes e islâmicos a assumirem suas responsabilidades religiosas, nacionais e humanitárias para com o nosso povo, tomarem medidas efetivas e exercerem pressão para deter o massacre brutal. Também exigimos a entrada de ajuda humanitária em meio à fome que se espalha por toda a Faixa de Gaza.

Movimento de Resistência Islâmica – Hamas

Sexta-feira: 18 de Dhu al-Qi’dah de 1446 H

Correspondente a: 16 de maio de 2025”

Ainda nesta sexta-feira, “Israel” também perpetrou bombardeios criminosos contra o Iêmen.

De acordo com o correspondente da emissora libanesa Al-Mayadeen no Iêmen, os ataques israelenses atingiram tanto o Porto de al-Salif, quanto o Porto de al-Hodeidah, ambos na província de al-Hodeidah, ao longo da costa do Mar Vermelho. Os ataques ocorreram simultaneamente. Os ataques mais recentes de “Israel” foram perpetrados no início do mês, contra o aeroporto de Saná.

Os ataques são uma tentativa de responde à ação revolucionária do Iêmen, que desde outubro de 2023 vem bloqueando o trânsito de embarcações israelenses e sionistas no Mar Vermelho, bem como realizou inúmeras ações com VANTs (drones) e mísseis balísticos contra “Israel”. Apenas nessa semana, foram três ações militares com mísseis balísticos contra aeroportos israelenses, ações que resultaram em suspensão de voos.

Nesta conjuntura, o genocida Israel Katz, ministro da Defesa de “Israel”, ameaçou o líder revolucionário do Iêmen:

“Mataremos Abdul Malik al-Houthi assim como fizemos com Deif e os dois Sinuares em Gaza, Nasseralá em Beirute e Hanié em Teerã.”

No dia anterior, por ocasião do 77º aniversário da Nakba, o líder do Iêmen e do Ansar Alá (partido que lidera a Revolução Iemenita), Abdul-Malik al-Houthi, reiterou seu apoio à luta do povo palestino por sua libertação, denunciando a movimentação de países árabes como Arábia Saudita e Síria em direção à normalização com “Israel”, bem como afirmando que “a crescente firmeza do povo palestino, o crescimento de sua conscientização e a firmeza de seus mujahideen apresentam um modelo inspirador e bem-sucedido que provou sua eficácia”. Ele também denunciou crime recente da Autoridade Palestina, liderada por Mahmoud Abbas, cachorro de “Israel”, cujo aparato de repressão “matou um jovem palestino a sangue frio no campo de refugiados de Far’a e agrediu um idoso no bairro oriental de Jenin”.

A respeito disto, com a conivência e apoio da AP, o sionismo continua a intensificar a seus ataques contra o povo palestino da Cisjordânia. Os ataques sionistas ocorrem não apenas por parte das forças israelenses de ocupação, mas também pelos colonos israelenses, verdadeiras milícias fascistas e que atuam protegidos pelo exército.

A respeito da intensificação dos ataques criminosos por parte dos colonos, o Hamas declarou, em nota publicada nesta sexta-feira, que “os ataques de colonos representam uma escalada perigosa no plano de anexação e deslocamento. Apelamos à intensificação da resistência e ao enfrentamento dos crimes sionistas.

Leia, na íntegra, a nota do Hamas:

“Gangues de colonos, apoiadas pelo exército de ocupação e sob a cobertura de um governo sionista extremista, continuam a realizar seus ataques criminosos, o último dos quais ocorreu na madrugada de hoje, sexta-feira, em várias aldeias na província de Salfit e a noroeste de Nablus, quando o poço de Masoudiya e o carro de seu guarda foram incendiados. Isso faz parte de um plano para saquear recursos vitais e tomar as terras do nosso povo em preparação para a anexação e o deslocamento.

A contínua escavação e destruição de terras na cidade de Bruqin, e os repetidos ataques ao redor de Bir al-Masoudiya, refletem uma escalada perigosa no contexto do projeto expansionista de assentamento.

Elogiamos a vigilância dos moradores de Barqa, Ramin e Naqoura, e os esforços dos voluntários do Crescente Vermelho e da Defesa Civil que responderam aos ataques apesar dos obstáculos da ocupação e da sua obstrução ao acesso das equipes de combate a incêndios.

Apelamos ao nosso povo para que intensifique a resistência por todos os meios e enfrente a fúria dos colonos e os planos da ocupação de roubar terras e deslocar a população. Afirmamos que esses ataques não ficarão sem resposta e que nosso povo permanecerá unido na defesa de seus direitos e princípios nacionais.

Movimento de Resistência Islâmica – Hamas

Sexta-feira: 18 de Dhu al-Qi’dah de 1446 AH

Correspondente a: 16 de maio de 2025”

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Last Update: 17/05/2025