Neste sábado (24), em mais um ataque bárbaro contra a população civil da Faixa de Gaza, a entidade sionista assassinou nove crianças palestinas de uma mesma família durante um bombardeio na cidade de Khan Iunis, ao sul do enclave. As vítimas eram filhos da médica Alaa Hamdi al-Najjar, pediatra do Hospital Nasser, que estava de plantão no momento do massacre. A casa da família foi atingida e destruída por completo.
Segundo Ahmad al-Farra, chefe do departamento de pediatria do hospital, apenas um dos filhos do casal sobreviveu, gravemente ferido. O pai das crianças, Hamdi al-Najjar, também ficou em estado crítico, com fratura no crânio e lesões graves no tórax e na cabeça. Ambos seguem internados. A doutora Alaa está em choque e permanece ao lado do filho sobrevivente, Adam Hamdi al-Najjar, de 11 anos, que está na unidade de terapia intensiva moderada.
As nove crianças assassinadas no ataque são:
- Yahya Hamdi al-Najjar, 12 anos
- Rakan Hamdi al-Najjar, 10 anos
- Eve Hamdi al-Najjar, 9 anos
- Jubran Hamdi al-Najjar, 8 anos
- Ruslan Hamdi al-Najjar, 7 anos
- Reval Hamdi al-Najjar, 5 anos
- Sadin Hamdi al-Najjar, 3 anos
- Luqman Hamdi al-Najjar, 2 anos
- Sidar Hamdi al-Najjar, menos de 1 ano
Dois corpos seguem soterrados sob os escombros.
O ataque faz parte da nova ofensiva sobre Khan Iunis, iniciada após uma ordem de evacuação emitida por “Israel” com a promessa de uma “operação sem precedentes” na região. Desde então, a cidade vem sendo bombardeada diariamente. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 79 corpos foram levados a hospitais apenas entre sexta-feira e o meio-dia de sábado (25). O número real de vítimas é ainda maior, pois áreas inteiras permanecem inacessíveis.
A relatora especial da ONU para o território palestino ocupado, Francesca Albanese, afirmou que o massacre marca uma “nova fase do genocídio” contra o povo palestino. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) denunciou que o ataque é parte de uma política sistemática de “assassinato de civis, médicos e suas famílias para quebrar a vontade de resistência”.
Desde o início do genocídio sionista em outubro de 2023, o número de mortos já ultrapassa 53.900 e os feridos passam de 122.000, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O massacre da família al-Najjar se soma à longa lista de crimes de guerra cometidos por “Israel” sob o silêncio e a cumplicidade das potências imperialistas.