O governo de Israel declarou estar pronto para enfrentar um eventual confronto militar direto contra o Irã. A informação foi divulgada por Dmitry Gendelman, assessor do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em entrevista à agência russa TASS.
Segundo o relato, Gendelman foi questionado sobre a possibilidade de um conflito entre os dois países e respondeu: “Israel está preparado para qualquer acontecimento”.
Gendelman ressaltou que o país opera de maneira independente em sua estratégia de defesa e ataque. “Israel, antes de tudo, confia em suas próprias forças e capacidades militares, tanto na defesa quanto no ataque”, afirmou o assessor, mantendo o foco na autossuficiência das Forças de Defesa de Israel.
Na madrugada desta sexta-feira, 13, Israel anunciou o lançamento de “ataques preventivos” contra o território iraniano e declarou estado de emergência nacional. Relatos indicam que várias explosões foram ouvidas em Teerã. Até o momento, não há confirmação oficial da autoridade iraniana sobre o alcance dos danos ou eventuais vítimas.
Fontes militares de Israel informaram que a operação envolveu mais de 200 caças e o disparo de 330 munições. De acordo com o comunicado das Forças de Defesa de Israel, foram atingidos mais de 100 alvos no Irã, entre eles centros de comando, laboratórios associados ao programa nuclear e depósitos de material bélico.
O anúncio da ação preventiva ocorre em meio a tensões crescentes na região do Oriente Médio, motivadas por ataques contra instalações israelenses atribuídos a grupos apoiados pelo Irã. Autoridades israelenses justificam a medida como forma de neutralizar ameaça potencial ao território nacional.
O estado de emergência decretado pelo gabinete de Netanyahu autoriza a mobilização imediata de tropas de reserva e restringe o acesso a áreas sensíveis. Governos de países aliados de Israel foram informados sobre as ações militares e mantêm contatos diretos com o Ministério das Relações Exteriores de Jerusalém.
A agência TASS registrou reação imediata do governo iraniano, que convocou reunião de emergência de seu Conselho de Segurança Nacional, conforme comunicado oficial divulgado pela mídia estatal do Irã. Até o fechamento desta edição, o órgão não havia detalhado medidas de retaliação ou confirmação de perdas em solo iraniano.
Analistas em segurança internacional ressaltam que um confronto aberto entre Israel e Irã pode alterar a dinâmica geopolítica na região e afetar rotas de transporte de petróleo. Fontes da indústria energética acompanham de perto possíveis impactos nos preços do barril no mercado internacional.
Em comunicado à imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que o país busca evitar escalada, mas que está pronto para responder a qualquer novo ataque. A nota reafirma a disposição de Israel em negociar sob condições que garantam a segurança nacional.
Até o momento, não houve convocação formal de embaixadores no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Estados Unidos e União Europeia, por meio de breves declarações, manifestaram preocupação com o aumento das tensões e pediram moderação às partes envolvidas.
A dinâmica dos eventos nas próximas horas deve ser acompanhada por órgãos de inteligência ocidentais e por embaixadas acreditadas em Jerusalém e Teerã. A versão final dos desdobramentos ficará sujeita a confirmações oficiais de cada governo.