Nesta terça-feira (13), o portal de notícias israelense Hamakon noticiou que mais de “82% dos mortos em Gaza desde o reinício dos combates são civis”.

A informação foi fornecida pelas próprias forças israelenses de ocupação, a pedido do veículo, que requereu informações sobre os palestinos assassinados na Faixa Gaza desde 18 de março, quando “Israel” rompeu definitivamente o cessar-fogo e retomou os bombardeios e ataques militares genocidas.

Desde o rompimento unilateral da trégua, mais de 2.780 palestinos foram assassinados por “Israel”. Desse total, segundo as próprias forças israelenses de ocupação, “cerca de 2.280 pessoas que não eram suspeitas de terrorismo foram mortas em ataques do exército”, isto é, eram civis.

Dessa forma, o próprio exército sionista admite que 82% dos palestinos que eles vêm matando na Faixa de Gaza são civis. Conforme apontado pelo portal de notícias, os dados mostram que “Israel” assassinou 4,5 civis palestinos para cada suposto combatente da resistência que teria assassinado.

Hamakon destaca ainda que as forças israelenses de ocupação obtiveram suas informações do próprio Ministério da Saúde de Gaza, muito embora “Israel” faça a propaganda de que os dados da pasta não seriam confiáveis. O portal de notícias informou que “quando perguntamos às FDI sobre o número total de mortes nos ataques, fomos informados de que o exército não estava realizando nenhum monitoramento sobre o assunto”, acrescentando que as forças de ocupação admitem que não têm como saber o número de combatentes palestinos assassinados, apesar da propaganda de que estariam vencendo o Hamas e a resistência como um todo.

Na prática, as publicações do exército sobre as mortes na Faixa de Gaza são muitas vezes mentiras descaradas para fins retóricos”, destacou o portal de notícias israelense.

Deve-se destacar que mesmo os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza são bastante inferiores ao número real de mortos e feridos, tendo em vista que “Israel” destruiu praticamente toda a infraestrutura de Gaza com os bombardeios. Com isso, organizações como o Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos (Euromed Monitor) estimam que para cada combatente da resistência palestina assassinado, 14 civis foram mortos — a maioria deles mulheres, crianças e adolescentes.

No mesmo sentido foi recente estudo publicado na revista britânica The Lancet, que estima que o número real de palestinos assassinados por ataques diretos das forças de ocupação pode chegar a 110 mil, em oposição aos mais de 52 mil que o Ministério da Saúde de Gaza conseguiu identificar. Foi nesta mesma revista que outro estudo foi publicado, no início de 2024, que estima que o número total de mortes (diretas e indiretas) já era de 186 mil à época. De forma que, após passado mais de um ano, é possível que o número de palestinos assassinados por “Israel”, direta e indiretamente, seja mais de 10% da população de Gaza, especialmente considerando o bloqueio total que a entidade sionista vem impondo desde o início de março.

Conforme noticiado por este Diário, pelo menos 57 crianças e adolescentes foram mortos por desnutrição desde o início de março. Quanto às mortes diretas, “Israel” continua bombardeando Gaza diariamente. Apenas do dia 14 para 15 de maio, pelo menos 115 palestinos, a maioria mulheres e crianças, foram mortos em uma onda de ataques israelenses na Faixa de Gaza”, conforme informado pela emissora Al Jazeera.

Além disso, a emissora informa que, nos últimos dias, com a viagem de Donald Trump ao Oriente Médio, onde ele mostra sinais de afastamento da entidade sionista, “Israel” vem intensificando seus ataques contra Gaza.

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Last Update: 16/05/2025