Israel ordenou um novo ataque contra o Irã na manhã desta terça-feira (24) após acusar Teerã de violar o cessar-fogo anunciado horas antes pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o gabinete de Benjamin Netanyahu, mísseis teriam sido lançados pelo regime iraniano menos de três horas após a entrada em vigor do acordo, o que motivou uma “resposta firme”.
O Irã negou qualquer violação e declarou oficialmente que “não confia na palavra do inimigo”, embora tenha confirmado o cessar-fogo. Fontes diplomáticas revelaram que o status da trégua permanece “uma grande incógnita”, conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.
Ainda nesta terça-feira, sirenes soaram no norte de Israel e explosões foram registradas durante a interceptação de dois mísseis, supostamente disparados por Teerã. Mais cedo, um ataque já havia atingido prédios residenciais em Beersheba, matando quatro pessoas.
O Irã disparou uma barragem de mísseis balísticos contra Israel, no que foi descrito como uma violação do cessar-fogo. pic.twitter.com/YkbdKWWaax
— Direto do Front (@DiretoFront) June 24, 2025
Do lado iraniano, a principal acusação é que Israel assassinou o cientista nuclear Mohammad Reza Seddighi Saber, no norte do país, antes do anúncio do cessar-fogo.
Em resposta aos ataques, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que autorizou operações de “alta intensidade” contra infraestruturas iranianas.
“À luz da flagrante violação pelo Irã do cessar-fogo declarado pelo presidente dos Estados Unidos – por meio do lançamento de mísseis em direção a Israel – e de acordo com a política do governo israelense de responder energicamente a qualquer violação, instruí as Forças de Defesa de Israel a continuar as operações de alta intensidade visando os ativos do regime e a infraestrutura terrorista em Teerã”, afirmou Katz.
Apesar da promessa de cessar-fogo, os militares israelenses alertaram que “o perigo persiste”. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, também elevou o tom e declarou que “Teerã vai tremer”.
Irã nega ataque, mas diz que mantém “dedo no gatilho”
Em uma declaração oficial, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã anunciou: “As forças armadas da República Islâmica do Irã, sem qualquer confiança nas palavras do inimigo e com as mãos no gatilho, estão prontas para dar uma resposta decisiva e dissuasiva a qualquer ato violador do inimigo”.
A agência iraniana ISNA, em comunicado divulgado pelo Telegram, negou qualquer ataque contra Israel após o cessar-fogo: “A notícia de que o Irã disparou mísseis contra os territórios ocupados após impor um cessar-fogo ao regime sionista é negada.”
