Na manhã desta segunda-feira (19), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou que Israel aceitou uma proposta para avançar no cessar-fogo com o Hamas, enquanto a próxima etapa depende da aceitação do grupo palestino. Ele fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, destacando que a aceitação do Hamas é crucial para o progresso do acordo.
Blinken enfatizou a importância da resposta do Hamas para o sucesso das negociações, afirmando que a próxima fase envolve a reunião de todos os negociadores para discutir a implementação do acordo. “É hora de todos chegarem ao sim e não procurarem desculpas para dizer não”, declarou.
Após sua reunião com o presidente israelense Isaac Herzog, o secretário de Estado se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém. Ele descreveu a reunião como “muito construtiva”, com o ditador israelense aceitando a “proposta de transição” apresentada pelos EUA, Catar e Egito. A proposta visa a libertação de reféns e a promoção da paz, respeitando as necessidades de segurança de Israel.
Apesar do progresso, o Hamas e Netanyahu trocaram acusações sobre o impasse nas negociações. A organização criticou a proposta, alegando que não inclui um cessar-fogo permanente e introduz novas condições. O primeiro-ministro, por sua vez, afirmou que Israel não cederá às exigências do Hamas e continuará trabalhando para um acordo que maximize o número de reféns resgatados.
Blinken também abordou as preocupações sobre possíveis ataques iranianos e o impacto das ações de grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah. Ele assegurou que os EUA estão tomando medidas para evitar uma escalada do conflito. A visita do secretário à região, a nona desde o início do ataque do Hamas em outubro, sublinha a intensidade das negociações e a pressão internacional para um acordo.
O conflito em Gaza resultou em um número devastador de mortes e destruição, com recentes ataques aéreos israelenses causando mais vítimas civis. Além disso, a descoberta de um caso de poliomielite em Gaza, após 25 anos, ressalta a crise humanitária no enclave palestino.