Em ligação telefônica com seu homólogo venezuelano, o ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Abbas Araghchi, expressou a solidariedade do país persa com o povo da Venezuela em meio às crescentes ameaças dos Estados Unidos, denunciando as ações unilaterais e de intimidação deste último.
“A ameaça de recorrer à força contra países em desenvolvimento independentes é uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas e um perigo óbvio para a paz e segurança internacionais”, disse Araghchi. “É necessário que todos os governos responsáveis evitem a disseminação da ilegalidade e da insegurança, reconhecendo a gravidade da situação atual”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Gil Pinto, referiu-se às crescentes ameaças ilegais dos Estados Unidos contra seu país e apresentou um relatório sobre as condições regionais.
Ele também agradeceu a postura do Irã em defender os princípios e objetivos da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e respeitar a soberania nacional e a integridade territorial da Venezuela.
Gil Pinto enfatizou ainda que o governo e o povo venezuelano defenderão firmemente sua independência, soberania nacional e o direito de determinar seu próprio destino. Enquanto isso, ele manifestou a esperança de que os países membros do BRICS e outros países da América do Sul adotem uma postura firme de condenação às ações hostis dos Estados Unidos.
Durante a conversa telefônica, os dois lados também discutiram as relações bilaterais e as alianças no Caribe após os recentes movimentos dos EUA na região.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alertou que seu país mudará da política para a “luta armada” se os Estados Unidos lançarem um ataque.
Os Estados Unidos enviaram recentemente navios armados com mísseis Tomahawk, um submarino de ataque, uma variedade de aeronaves e mais de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais dos EUA para as águas da Venezuela, enquanto ordenaram o destacamento de 10 caças F-35 avançados para Porto Rico.
Além disso, classificou Maduro como um dos maiores narcotraficantes do mundo e dobrou a recompensa por sua prisão para US$ 50 milhões.
Na terça-feira (2), um ataque militar dos EUA matou 11 pessoas e afundou um barco da Venezuela, que Trump alegou estar transportando narcóticos ilegais.