O governo do Irã está preparado para atacar bases militares dos Estados Unidos no Oriente Médio caso os norte-americanos apoiem diretamente Israel em uma ofensiva. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times com base em fontes da diplomacia e inteligência da região.
Segundo o relatório, o Irã já mobilizou mísseis e outros equipamentos de guerra, apontando diretamente para instalações militares dos EUA localizadas no Iraque. A movimentação é tratada como uma possível retaliação imediata caso Washington entre no conflito.
Além do Iraque, o Irã considera atingir qualquer base norte-americana em países árabes aliados dos Estados Unidos. As tropas americanas na região já estão em alerta máximo, segundo autoridades ouvidas pela imprensa internacional.
Atualmente, estima-se que mais de 40 mil soldados dos Estados Unidos estejam posicionados no Oriente Médio. A presença militar significativa eleva o risco de um conflito mais amplo.
O principal temor de Washington é um possível ataque iraniano à instalação nuclear de Fordo, no Irã. Caso isso ocorra, Teerã pode revidar com o apoio de grupos aliados, como os Houthis, no Iêmen, que já ameaçaram retomar ataques a navios no Mar Vermelho.
Outro ponto estratégico em risco é o Estreito de Ormuz, essencial para a navegação comercial e militar. A colocação de minas na região poderia dificultar a movimentação de embarcações dos EUA e seus aliados no Golfo Pérsico.
A tensão cresceu após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que considera uma ofensiva direta contra o Irã. Segundo o portal Axios, Trump avalia bombardear instalações nucleares iranianas como resposta à crescente ameaça.
Mais cedo, Trump escreveu em sua rede Truth Social que os EUA conhecem a localização exata do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mas que, “por enquanto”, não pretende ordenar sua morte para evitar mais danos aos civis.
Em resposta, Khamenei publicou uma mensagem em tom bélico: “Em nome do nobre Haidar, a batalha começa”. A expressão “Haidar” é um título que significa “leão” ou “guerreiro”, associado ao líder Ali.
O cenário reforça o risco de uma guerra regional em larga escala, com novos ataques e retaliações sendo planejados dos dois lados. Israel pressiona os Estados Unidos por uma ação conjunta, enquanto o Irã prepara suas defesas e ofensivas.
