O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, anunciou que o país ativará milhares de centrífugas avançadas, fabricadas internamente, em resposta à recente resolução da agência nuclear da ONU contra a República Islâmica.
O principal diplomata fez essas declarações ao seu homólogo espanhol, José Manuel Albares Bueno, durante um encontro da Aliança das Civilizações das Nações Unidas (UNAOC), na cidade de Cascais, no sudoeste de Portugal, na terça-feira (26).
Araghchi explicou que a medida retaliatória foi tomada em reação à apresentação, pelo Reino Unido, França e Alemanha, da resolução apoiada pelos Estados Unidos ao Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e à adoção dessa resolução pelo órgão na última sexta-feira (22).
Ele classificou a política do trio europeu em relação à República Islâmica como “confrontadora e intervencionista”, qualificando essa abordagem como injustificável e não construtiva.
O ministro enfatizou que questões regionais e internacionais, como o programa de energia nuclear iraniano, devem ser tratadas de maneira realista e em conformidade com o direito internacional.
Os Estados Unidos e seus aliados europeus vêm adotando inúmeras medidas semelhantes contra o Irã, acusando a República Islâmica de cooperação insuficiente com a AIEA, embora a colaboração com o órgão tenha aumentado em frequência e qualidade nos últimos anos.
Em uma retaliação legítima, o Irã já ativou algumas de suas centrífugas avançadas em resposta à resolução recentemente adotada.
