O recente anúncio de que o Irã frustrou um plano sionista para assassinar seu chanceler, Abbas Araghchi, na última quinta-feira (19), escancara não apenas a escalada das agressões de “Israel” no Oriente Próximo, mas também a disposição do imperialismo em recorrer a métodos terroristas — como já é de praxe — para tentar desestabilizar governos e povos que não aceitam se submeter. O episódio, revelado por conselheiros do Ministério das Relações Exteriores iraniano, ocorreu às vésperas de uma rodada crucial de negociações em Genebra, onde Araghchi se reuniria com representantes da França, Reino Unido e Alemanha para discutir o programa nuclear iraniano e a crise regional.
A tentativa de assassinato do chanceler não é um fato isolado. Desde sua fundação, “Israel” emprega o terrorismo de Estado como instrumento central de sua política externa e interna. O Estado sionista foi erguido sobre a limpeza étnica da Palestina, promovendo massacres, expulsões em massa e assassinatos seletivos de lideranças árabes e muçulmanas. O mesmo método é utilizado contra qualquer país ou liderança que se oponha ao expansionismo sionista e ao imperialismo, como mostram as execuções de cientistas nucleares e comandantes militares iranianos nos últimos anos, sempre com o apoio ou a conivência do imperialismo norte-americano e europeu.
O recente bombardeio de instalações civis em Teerã, incluindo a sede do Crescente Vermelho e o quartel-general da polícia nacional, reforça o caráter criminoso da ofensiva israelense. São ataques deliberados contra alvos sem qualquer valor militar, com o objetivo de semear o terror entre a população e desestabilizar o governo iraniano. Tais ações configuram crimes de guerra até segundo diretrizes fajutas como as da ONU.
A resposta iraniana foi imediata. Graças à atuação dos “soldados desconhecidos da pátria” — como são chamados os agentes de inteligência do Irã —, o complô foi descoberto e neutralizado antes de sua execução. O próprio Araghchi afirmou que não se considera apenas um diplomata, mas um soldado a serviço da pátria, disposto ao sacrifício pela soberania nacional. Mesmo diante da ameaça, seguiu para Genebra, evidenciando a firmeza da política iraniana frente ao terrorismo sionista e imperialista.
O plano frustrado ocorre em meio à intensificação dos ataques de “Israel” contra o Irã, com bombardeios a alvos militares, nucleares e civis, além de rumores de que o líder supremo, Ali Khamenei, também estaria na mira do serviço secreto sionista. O objetivo é claro: enfraquecer a posição do Irã nas negociações e pavimentar o caminho para uma intervenção militar direta ou indireta, como nos casos do Iraque, da Síria e da Líbia. O Irã, no entanto, segue como peça central do eixo de resistência.