Irã faz pedido urgente a ONU após ataque dos EUA: “Violação do direito internacional”

Embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani – Foto: Reprodução

O governo do Irã solicitou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU após os ataques realizados pelos Estados Unidos a instalações nucleares do país. O pedido foi feito por meio de uma carta oficial enviada pelo embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, que classificou a ação americana como uma “agressão não provocada e premeditada”.

Na correspondência, o diplomata afirmou que a ofensiva representa uma violação clara da soberania do país. “Sem dúvida, a agressão militar dos Estados Unidos contra a soberania e a integridade territorial constitui uma violação manifesta e flagrante do direito internacional”, escreveu.

O Irã também pediu que o Conselho de Segurança condene formalmente as ações dos EUA e adote medidas para responsabilizar os envolvidos.

“A República Islâmica do Irã solicita urgentemente que o Conselho de Segurança convoque uma reunião de emergência sem demora para tratar desse ato flagrante e ilegal de agressão, para condená-lo nos termos mais veementes possíveis e para tomar todas as medidas necessárias, de acordo com suas responsabilidades estabelecidas na Carta, para que o autor de tais crimes hediondos seja totalmente responsabilizado e não fique impune”, escreveu Iravani.

Ataques israelenses e bombardeio dos EUA

A solicitação ocorre após uma série de tensões crescentes no Oriente Médio. Na semana passada, o mesmo Conselho realizou duas reuniões por causa das ações militares de Israel contra alvos iranianos. Nessas ocasiões, Rússia e China se posicionaram contra as operações, enquanto os EUA apoiaram o governo de Benjamin Netanyahu.

Após isso, no sábado (21), os EUA bombardearam três instalações nucleares no Irã: Fordow, Natanz e Isfahã. A ofensiva foi classificada como “muito bem-sucedida” pelo presidente Donald Trump.

Retaliação iraniana

Neste domingo (22), o Irã retaliou, lançando dezenas de mísseis contra Israel.

As ofensivas atingiram Tel Aviv, Haifa e Ness Ziona, deixando ao menos 23 feridos, segundo autoridades locais.

Imagens divulgadas por agências internacionais mostram prédios severamente danificados, principalmente na região de Ramat Aviv, em Tel Aviv.

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