Embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani . Foto: Eduardo Munoz/Reuters

Os ataques aéreos de Israel ao Irã, realizados na noite de quinta-feira (12), no horário de Brasília, deixaram pelo menos 78 mortos e 320 feridos, conforme afirmou o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (13). Segundo Iravani, entre as vítimas estão altos oficiais militares iranianos, além de um grande número de civis atingidos durante os bombardeios.

Durante o pronunciamento, o enviado acusou os Estados Unidos de fornecerem informações de inteligência, apoio político e armamentos que teriam sido empregados nos ataques.

“Aqueles que apoiam este regime, com os EUA na linha de frente, devem entender que compartilham total responsabilidade pelas consequências”, declarou. Iravani também afirmou que não será esquecido que “vidas iranianas foram perdidas por ataques israelenses com armas americanas”.

Os ataques geraram incêndios e explosões em várias regiões do Irã, incluindo áreas civis. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o rastro de destruição em cidades iranianas. De acordo com o governo de Teerã, os alvos incluíam instalações militares e centros de comando, mas os bombardeios atingiram também infraestrutura urbana e residências.

Em sua defesa, Israel classificou a ofensiva como um “ato de preservação nacional”, justificando que visava conter ameaças nucleares e militares por parte do Irã.

Mísseis do Irã atingem Tel Aviv, em Israel . Foto: Reprodução

Durante o mesmo encontro na ONU, representantes israelenses destacaram que a ação teve caráter defensivo diante do que consideram escalada das hostilidades promovidas por Teerã.

O governo israelense também emitiu alerta sobre a possibilidade de novos mísseis iranianos e orientou a população a permanecer em áreas seguras e bunkers. O sistema de defesa aérea do país segue em estado de prontidão máxima, enquanto a tensão no Oriente Médio aumenta a cada novo desdobramento.

Os Estados Unidos, por sua vez, ainda não se pronunciaram oficialmente durante a reunião da ONU sobre as acusações feitas por Iravani. Nos bastidores, diplomatas americanos reafirmam seu compromisso com a segurança de Israel, mas evitam confirmar a participação direta na operação.

A crise reacendeu o debate internacional sobre os riscos de uma escalada militar entre Israel e Irã e suas repercussões na estabilidade do Oriente Médio. O Conselho de Segurança segue monitorando a situação, mas até o momento não foi alcançado consenso sobre uma eventual resolução conjunta entre as principais potências globais.

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Last Update: 13/06/2025