
A mídia persa informou neste sábado que operações do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica derrubaram dez aeronaves militares israelenses, além de bombardearem instalações de produção de combustível para caças e de linhas de fornecimento de energia em território inimigo. Ainda segundo a agência Mehr, a ação incluiu manobras que impediram um destróier britânico no Oceano Índico de adentrar o Golfo Pérsico.
Em uma nova onda de ataques noturnos, o Irã matou 10 pessoas em solo israelense — elevando para 13 o total de mortes desde o início de seus contra‐ataques — e deixou mais de 390 feridos, de acordo com os serviços de resgate locais. Mísseis atingiram prédios residenciais, inclusive no norte do país, uma área que até então permanecia relativamente intocada pelo conflito.
O comandante da Base de Defesa Aérea iraniana, Khatam Al-Anbiya, afirmou à Mehr que “as aeronaves foram destruídas”, mas não detalhou a tecnologia ou o local exato das operações. O Exército de Israel ainda não se manifestou oficialmente sobre as perdas em sua esquadrilha de caças.
Em entrevista à Press TV, o Brigadeiro-General Ali Mohammad Naeini, porta-voz dos Guardas, garantiu que drones e mísseis também derrubaram centros de fornecimento de energia e instalações de produção de combustível para jatos de combate — alvos táticos para reduzir a capacidade operativa das Forças de Defesa de Israel.
Quanto ao destróier britânico, a marinha iraniana teria empregado drones de combate para emitir alertas falsos, levando a embarcação a desviar de rota e desistir de entrar no Golfo Pérsico. A Marinha do Reino Unido ainda não comentou o incidente.
Em resposta aos ataques, caças israelenses bombardearam um depósito de combustível no norte de Teerã. O embaixador do Irã nas Nações Unidas calcula que os primeiros ataques de sexta-feira tenham deixado 78 mortos e 320 feridos, mas não divulgou números atualizados para as vítimas da última madrugada.