O Parlamento do Irã aprovou uma proposta que pode levar ao fechamento do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas marítimas de transporte de petróleo do mundo. A medida ainda precisa da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano para entrar em vigor.

A informação foi confirmada por Esmail Kosari, general das Forças Armadas e membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, em declaração divulgada pelas agências Sputnik e HispanTV.

Segundo Kosari, o Parlamento deu sinal verde para a proposta, mas o processo ainda depende de deliberação das autoridades superiores de segurança do país.

“Essa proposta foi aprovada no Parlamento. Agora será analisada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional”, declarou o general.

O Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e, por ele, passa cerca de um quinto do petróleo consumido globalmente. O controle sobre esse ponto estratégico tem sido tema recorrente na política de segurança da região, especialmente em momentos de escalada de tensões entre o Irã e potências ocidentais.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, órgão responsável por decisões estratégicas de segurança e política externa, é composto por representantes do governo, das Forças Armadas e do Judiciário, e suas deliberações precisam ser aprovadas pelo Líder Supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. O fechamento do Estreito de Ormuz, se autorizado, poderá provocar repercussões internacionais imediatas e afetar diretamente os mercados de energia.

Embora o Parlamento tenha aprovado a proposta, a medida ainda não representa uma ação concreta. O general Kosari enfatizou que o próximo passo será a análise da proposta no Conselho Supremo, órgão que detém a autoridade final em temas dessa natureza.

O histórico de ameaças iranianas de fechar o Estreito de Ormuz está ligado a episódios de sanções econômicas impostas ao país, principalmente por causa do programa nuclear e das tensões militares no Golfo.

Nos últimos anos, autoridades iranianas mencionaram repetidamente essa possibilidade como resposta a medidas dos Estados Unidos ou aliados que afetassem diretamente os interesses econômicos e estratégicos da república islâmica.

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Last Update: 22/06/2025