
Pesquisa do Ipsos‑Ipec, divulgada em 12 de junho de 2025, revela que 43% dos brasileiros avaliam o governo de Lula como ruim ou péssimo, enquanto apenas 25% consideram a gestão boa ou ótima. Esse é o segundo levantamento no terceiro mandato em que a percepção negativa supera a positiva.
Foram entrevistadas 2.000 pessoas de 16 anos ou mais, entre 5 e 9 de junho, em 132 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Outros 29% avaliaram a gestão como regular e 2% não souberam responder. Em março, a rejeição estava em 41% e a aprovação em 27%, mostrando piora no índice positivo e avanço no índice negativo.
Ao avaliar a forma de administração, 55% dos entrevistados desaprovam a atuação de Lula, contra 39% que aprovam. Esses números são quase idênticos aos registrados em março 55% contra 40%.
A aprovação é maior entre quem votou em Lula em 2022, 52–53%, moradores da região Nordeste, 37–38%, pessoas com menor escolaridade 36%, famílias com renda até um salário mínimo 33–34% e católicos 32–34%.
Por outro lado, a rejeição se destaca entre os eleitores de Bolsonaro em 2022, 72–75%, pessoas com renda superior a cinco salários mínimos 59%, mais escolarizados 48–51% e evangélicos 50–52%.
A confiança em Lula também sofreu queda: em março, 58% afirmavam não confiar no presidente, e apenas 40% afirmavam confiar.
A pesquisa aponta que fatores como inflação persistente, alta da taxa de juros, denúncias de fraudes no INSS e controvérsias sobre o IOF influenciam a desaprovação. Apesar disso, há sinais positivos no cenário econômico: o PIB cresceu 1,4% no primeiro trimestre e o desemprego recuou.