O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pela Polícia Federal, por coação no curso do processo, revela em ambos um “nível de insanidade e irresponsabilidade de tamanha gravidade que não pode ser normalizado, muito menos ignorado” pela sociedade brasileira. A avaliação é do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ).
As investigações da PF, que levaram ao indiciamento, ganharam força após uma representação apresentada por Lindbergh Farias no Supremo Tribunal Federal (STF), que originou o Inquérito nº 4995.
Ele observou que as mensagens de Eduardo Bolsonaro revelam “um padrão de desequilíbrio, agressividade e chantagem” que não pode ser tratado como “briga doméstica”. Para Lindbergh, quando filho ameaça, xinga e expõe o próprio pai, mostra ao país que não há limites éticos ou institucionais.” Para o líder do PT, trata-se de um “escândalo em família, mas com consequências para o Brasil inteiro”.
O comportamento anormal da família Bolsonaro, conforme mostram as gravações da PF, é um alerta para todos os segmentos da sociedade brasileira, avaliou Lindbergh. “É com esse tipo de comportamento que tentam chantagear a República. Gente que não respeita nem o núcleo familiar, quanto mais a Constituição, as instituições e o povo brasileiro”.
“O Brasil não pode se curvar a ameaças, pressões ou chantagens de quem vive de instabilidade e caos. É hora de reafirmar: nossas instituições são mais fortes que os surtos autoritários de qualquer clã. O país não será refém da alucinação de uma família em colapso.”
Bolsonaro fujão
Novos elementos encontrados pela PF, como mensagens em que Jair Bolsonaro discute a possibilidade de asilo político na Argentina, reforçam a gravidade das acusações. Lindbergh afirmou que essa ação “evidencia a intenção de Bolsonaro se evadir do alcance da Justiça brasileira” e é um “sinal inequívoco de quem tenta escapar das consequências jurídicas de seus próprios atos”.
Para o líder do PT, a tentativa de fuga de Bolsonaro para outro país legitima a decisão do ministro Alexandre de Moraes de pedir sua prisão domiciliar. “Ele sempre quis fugir. Alguém acredita que ele passou dois dias dormindo na embaixada da Hungria porque queria conhecer a embaixada da Hungria?”, questionou.
Traidor da pátria
Lindbergh também criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele está há meses “conspirando contra o Brasil, em especial o STF”, a fim de livrar seu pai de uma possível condenação por articular um golpe de Estado entre 2022 e 8 de janeiro de 2023. A atuação da família Bolsonaro, para o líder petista, “atenta contra a independência da Justiça e busca intimidar instituições democráticas”.
O líder do PT classificou Jair e Eduardo Bolsonaro como “traidores da pátria” por apoiarem as sanções econômicas e comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. Ele ressaltou que pesquisas de opinião mostram que 71% da população rejeita a sabotagem de Trump. Segundo Lindbergh, as pesquisas revelam que 69% da população entende que Eduardo Bolsonaro está nos EUA em defesa dos interesses de sua família, e não do povo brasileiro. A ação coordenada entre bolsonaristas e a extrema-direita americana, de acordo com o deputado, configura crime de traição nacional. Ele ressalvou que nos EUA,país idolatrado pelos bolsonaristas, há pena de morte por traição à pátria.
Lacaio de Trump
O líder do PT também criticou o governador de São Paulo, capitão Tarcísio de Freitas (Republicanos), por ter dito que o Brasil deveria dar “umas vitórias” de presente a Trump. “Esse sujeito não tem condições de ser governador, imagine um presidente da República”, comentou Lindbergh, elogiando a postura do presidente Lula em defesa dos interesses nacionais.
O impacto financeiro das sanções de Trump, estimadas em R$ 40 bilhões, foi destacado pelo líder do PT. Ele mencionou que esse valor corresponde às despesas do programa “Brasil Soberano”, do governo Lula, que visa auxiliar empresas afetadas pelas sobretaxação de Trump, além de bancos brasileiros terem perdido nesta semana R$ 40 bilhões em valor de mercado devido às sanções.
O líder do PT denunciou como “traidores da pátria não só Jair e Eduardo Bolsonaro, mas todos os que, como ambos, apoiam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas sanções econômicas e comerciais contra o Brasil.
As pesquisas mostram que 69% da população entende que Eduardo Bolsonaro está nos EUA em defesa dos interesses da família dele e contra os do povo brasileiro.
Lindbergh ressaltou que o impacto causado pela campanha de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em razão das sanções do governo dos Estados Unidos ao Brasil, passa de R$ 40 bilhões. Esse é o valor das despesas do governo Lula com o programa Brasil Soberano, que visa auxiliar empresas atingidas pelas tarifas impostas ao Brasil pelo presidente norte-americano. Nesta semana, bancos brasileiros perderam em valor de mercado R$ 40 bilhões, em função das sanções de Trump.
Redação PT na Câmara