Na era da inteligência artificial, onde dados se multiplicam e os processos de automação ganham escala, a execução e a capacidade de criar conexões humanas permanecem no centro das estratégias de marketing e vendas.

Embora a tecnologia ajude a antecipar movimentos e personalizar abordagens, ela não substitui o fator humano na hora de gerar valor real.

Segundo Camila Renaux, especialista em marketing estratégico e inteligência artificial, o momento atual é de aceleração máxima na aplicação da IA aos negócios.

“Estamos vivendo a maior expansão da IA nas empresas, mas o desafio é transformar essa tecnologia em resultados concretos. Dados, por si só, não fazem nada se não forem convertidos em ação”, afirma.

Além disso, o cenário é reforçado por uma pesquisa da IBM, segundo a qual 75% das empresas pretendem ampliar seus investimentos em IA nos próximos 12 meses.

No entanto, 56% dos líderes admitem que suas equipes ainda não estão prontas para extrair o melhor das novas ferramentas.

Outro levantamento, desta vez da McKinsey, mostra que 87% das organizações que já adotaram a IA observam ganhos significativos em produtividade, principalmente nas áreas de marketing, vendas e atendimento.

Execução como fator de diferenciação

Por outro lado, para Bruno Brandão, gerente nacional de vendas da Altenburg, o principal desafio do setor de vendas hoje não está mais no acesso aos dados, mas na capacidade de execução.

“O mercado tem planejamento estratégico de sobra. O que diferencia quem cresce de quem estagna é a disciplina e a capacidade de transformar metas em ações diárias e mensuráveis”, explica.

Dados da Harvard Business Review reforçam essa visão.

Segundo a publicação, 70% das falhas estratégicas nas empresas estão ligadas à execução, e não à formulação da estratégia.

Mesmo nos eventos mais voltados à tecnologia, como a NRF 2024, o conceito mais debatido foi o “Back to Basics”, com foco na importância do básico bem feito.

Tecnologia como suporte, não substituição

Nesse contexto, Camila ressalta que, apesar da capacidade da IA em trazer velocidade e previsibilidade, ela não substitui os elementos emocionais da interação humana.

“A IA é bastidor. O ser humano continua sendo o palco”, afirma.

Ela destaca ainda que a tecnologia pode ajudar a criar conteúdo, identificar padrões e antecipar demandas, mas não substitui a empatia, o engajamento e a construção de cultura dentro das empresas.

Essa percepção é reforçada por um levantamento da Salesforce.

De acordo com o estudo, 80% dos clientes consideram a experiência oferecida tão importante quanto o próprio produto ou serviço.

Além disso, empresas que priorizam relacionamento e experiência são, em média, 60% mais lucrativas, de acordo com estudo da Deloitte Digital.

Discussão sobre o futuro da transformação digital

Por fim, essa combinação de estratégia, tecnologia e fator humano será tema central do Conexão WK.

O evento sobre tecnologia e inovação acontece entre 3 e 4 de julho, em Blumenau (SC).

Promovido pela WK, empresa de ERP e soluções de gestão, o encontro reunirá especialistas de diferentes áreas para discutir os caminhos da transformação digital.

Bruno reforça a importância do encontro presencial:

“A Camila costuma dizer que nada substitui um sorriso, um abraço, uma conexão verdadeira. É por isso que eventos como o Conexão WK são tão importantes. Quem se conecta melhor, vende mais.”

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 23/06/2025