Pesquisa do Instituto Veritá aponta Pablo Marçal na frente na corrida pela Prefeitura de SP. Fotomontagem

Uma pesquisa do Instituto Veritá divulgada nesta terça-feira (27) indica que Pablo Marçal (PRTB) lidera a corrida pela Prefeitura de São Paulo.

De acordo com o levantamento, o influenciador tem 30,9% das intenções de voto. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 21,6%, enquanto o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem 14,2%.

Esta é a primeira pesquisa realizada pelo Instituto Veritá neste ano para a prefeitura de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Embora o Instituto Veritá se apresente como uma empresa de referência nacional pela “confiabilidade, imparcialidade e precisão nos resultados das pesquisas”, possui um histórico de erros. Em eleições anteriores, as pesquisas do instituto tendiam a favorecer candidatos de direita.

Pesquisa do Instituto Veritá usado pela campanha de Aécio Neves em 2014. Reprodução

Por exemplo, nas eleições de 2014, um levantamento da empresa indicava que o então candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) estava à frente de Dilma Rousseff (PT), com 53,2% das intenções de voto contra 46,8%. No entanto, a petista foi reeleita com 51,64% dos votos válidos.

Em 2022, uma pesquisa do instituto apontou Jair Bolsonaro (PL) em primeiro lugar nas intenções de voto para o segundo turno das eleições, com 51,5% dos votos válidos, contra 48,5% do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula venceu com 50,90% dos votos válidos, enquanto o ex-presidente obteve 49,10%.

Pesquisa publicada na véspera do 2º turno da eleição de 2022. Reprodução

Processos, impugnações e erros de metodologia

Especificamente em relação ao pleito de 2016, foram registradas 12 ações judiciais.

Além disso, existem muitas outras. Em diversos despachos, os juízes afirmaram que as pesquisas do Instituto Veritá apresentavam graves erros e imprecisões, resultando em conclusões completamente distorcidas.

Alguns desses erros são simples, especialmente para um instituto que busca prever as chances de vitória de candidatos a cargos importantes como prefeito, governador ou presidente da República, ou até mesmo estimar a aprovação de um governo para os próximos quatro anos.

Por exemplo, na eleição municipal de 2012 em Araguari-MG, uma pesquisa do Instituto Veritá foi impugnada pela Justiça Eleitoral. A juíza da 16ª Zona Eleitoral considerou a pesquisa, registrada sob o número MG-01132/2012, não confiável. Isso porque ela não levou em consideração aspectos importantes como escolaridade e nível econômico dos entrevistados, além de apresentar um erro matemático entre o nível de confiança de 95% e a margem de erro de 4,4%.

Outro problema foi a falta de distinção entre entrevistados de 16 a 18 anos e aqueles com mais de 70 anos, cujo voto é facultativo. O desembargador responsável pelo recurso da empresa manteve a proibição da divulgação da pesquisa em um dia, afirmando que poderia comprometer a integridade do pleito. A decisão foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais em 9 de outubro de 2012.

Na eleição seguinte, em 2016, outra pesquisa do Instituto Veritá em Santa Cruz das Palmeiras-SP também foi considerada como apresentando erros graves. A coligação “Emprego e Desenvolvimento” alegou que a pesquisa continha várias irregularidades, como a falta de informações sobre os bairros pesquisados, um número de entrevistados menor do que o necessário, e a utilização de diferentes fontes de dados (Censo 2010, PNAD 2012, PNAD 2014, TSE 2016, entre outras), o que poderia resultar em “resultados falsos”.

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Última Atualização: 27/08/2024