Instituto Brasileiro de Geografia: estudo previsional da inflação de agosto registra retração e atinge 0,19%

A prévia da inflação de setembro ficou em 0,21% — 0,02 ponto percentual abaixo da taxa registrada em agosto (0,23%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quarta-feira, 25 de setembro, aponta que a maior variação (0,85%) e o maior impacto (0,18 ponto percentual) vieram do grupo Transportes.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,32%, abaixo dos 4,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2024, a taxa foi de 0,29%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz esse levantamento mensalmente e, para o cálculo atual, os preços foram coletados no período de 16 de agosto a 14 de setembro de 2024.

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em setembro. No grupo Transportes, o resultado foi influenciado pelos combustíveis (3,51%), em especial pela gasolina (3,39%). Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,61%). Na sequência, aparecem os grupos Educação (0,76%) e Artigos de residência (0,72). Já o grupo de Alimentação e bebidas (-0,81%) apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo.

No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio (-1,31%) apresentou queda mais intensa do que a de setembro (-0,71%). Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-27,01%), da cenoura (-25,14%), da batata-inglesa (-13,19%) e da cebola (-11,29%). A alimentação fora do domicílio (0,50%) registrou alta em relação a setembro (0,26%), em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,25% em setembro para 0,78% em outubro) e da refeição (0,24% em setembro para 0,38% em outubro).

Variação mensal por grupo (%), setembro 2024 – Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15

O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Quanto aos índices regionais, oito áreas de abrangência tiveram alta em setembro. A maior variação foi observada em Recife (0,51%), por conta da alta da gasolina (6,05%). Três áreas de abrangência, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador, registraram queda de preços. Em Salvador, região que teve o resultado mais destacado (-0,12%), a maior variação foi identificada no tomate (-31,01%) e na cebola (-14,01%).

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