Algumas regiões do Rio Grande do Sul estão sob alerta meteorológico nesta segunda-feira 15, de acordo com a Defesa Civil.
Há um alerta ativo até as 13h25, segundo a última atualização do órgão, para instabilidade em áreas próximas da região central, com possibilidades de tempestade, rajadas de vento entre 80 e 100km/hora, além de granizo.
As áreas com maior risco incluem Missões, Noroeste, Norte, Centro, Vales, região metropolitana de Porto Alegre, Serra e litoral.
No estado, os acumulados de chuva podem chegar a 60 milímetros em 24 horas, podendo atingir até 100 milímetros em algumas localidades, como na região das Missões e na região metropolitana de Porto Alegre. A previsão indica que a instabilidade deve persistir até a manhã de terça-feira, quando o tempo começará a se estabilizar gradualmente.
Alerta se estende para outros estados
A instabilidade deve atingir outros estados do País. Na região Sul, em Santa Catarina e Paraná, o calor predomina, mas há alta probabilidade de pancadas de chuva na metade oeste de Santa Catarina e no norte e oeste do Paraná. Nas regiões leste desses estados, a previsão é de chuva mais fraca. Nas capitais Curitiba e Florianópolis, a previsão é de pancadas de chuvas com granizo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em São Paulo, a segunda-feira deve ser marcada por pancadas rápidas e isoladas de chuva, mas o cenário deve mudar a partir de terça-feira, quando são esperadas pancadas generalizadas. Apesar da previsão de chuva, as temperaturas seguem altas na capital paulista, com mínima de 18°C e máxima de 29°C nesta segunda-feira. Para quarta-feira, há expectativa de queda nas temperaturas, com mínima de 15°C e máxima que não deve ultrapassar 19°C.
O cenário de instabilidade atmosférica se dá devido a formação de um sistema de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai, que está favorecendo a canalização de ar quente e úmido vindo do norte do país em direção ao Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Esse fluxo de umidade funciona como combustível para o desenvolvimento de nuvens mais carregadas, resultando em tempestades severas.
Ainda há residências sem luz em São Paulo
Na região metropolitana, ainda há cerca de 25 mil imóveis sem luz. Em nota, a Enel afirmou o restabelecimento do serviço de energia para os clientes afetados pela passagem de um ciclone extratropical na última quarta-feira 10; ainda de acordo com a empresa, os técnicos atuam agora para atender casos registrados nos dias seguintes à passagem do evento climático.
No auge do apagão, 2,2 milhões de lares chegaram a ser afetados pela falta de energia. Na última sexta-feira 12, a Justiça de São Paulo determinou que a Enel restabelecesse imediatamente o fornecimento de energia em áreas essenciais afetadas pelo apagão. A medida passou a valer após a empresa ser comunicada da decisão, o que ocorreu ontem.
A decisão, concedida em tutela de urgência, estabelece multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento. A ordem é da juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha, da 31ª Vara Cível do Foro Central, e se aplica à concessionária responsável pela distribuição de energia em 24 cidades da Grande São Paulo.