Dizem que a palavra convence, mas, em muitos casos, é o exemplo que inspira. Foi assim que o pequeno Miguel Annunciato, de apenas 10 anos, deu seus primeiros passos no mundo da literatura. Natural de Sorocaba (SP), ele acaba de lançar seu primeiro livro, “Detetive Minhoca”, finalista da 6ª edição do Prêmio Ecos da Literatura, na categoria Melhor Livro Infantojuvenil.
A inspiração surgiu dentro de casa. Miguel cresceu observando a trajetória da irmã mais velha, Nicole Annunciato, que já publicou três livros e dois contos. “Depois de ler os livros da minha irmã, eu tive a ideia de uma minhoca. Ela achou engraçado e me incentivou. Eu gosto muito de suspense, igual ela escreve”, contou Miguel em entrevista ao G1.
Nicole, que desde cedo incentivou o irmão a ler, se emocionou com o processo criativo. “É muito legal pensar que essa história saiu toda da cabecinha dele. Até o papel de parede do celular dele é meu livro. É meu maior fã”, relatou.
“Detetive Minhoca” tem 14 páginas e acompanha a jornada de uma minhoca curiosa que tenta desvendar um mistério digno dos grandes detetives da ficção: o sumiço de todas as frutas do mundo. A narrativa, embora simples, cativa pela criatividade e pelo frescor de uma imaginação infantil levada a sério.
O Prêmio Ecos da Literatura foi criado em 2018 pelo escritor Wellington Budim. É uma iniciativa voltada à literatura independente e já se tornou referência por revelar novos talentos em diversas categorias, como infantojuvenil, poesia, romance e antologia. A seleção envolve uma combinação de votação popular e avaliação técnica, com finalistas de todas as regiões do país.
Mais do que um caso isolado de talento precoce, a história de Miguel é também um exemplo do impacto transformador que a leitura e o ambiente familiar podem ter na formação de uma nova geração de leitores e escritores.
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