Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Lula (PT). Foto: reprodução

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigava Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do presidente Lula (PT), por suspeita de violência contra uma ex-companheira. Após a investigação, não foram feitos indiciamentos, indicando a ausência de provas suficientes para atribuir um crime a ele.

De acordo com os policiais, não foram encontradas lesões corporais na reclamante, uma vez que não houve exames de corpo de delito, e a violência psicológica alegada não ficou claramente comprovada. Portanto, os responsáveis pelo inquérito concluíram que não havia evidências contundentes para prosseguir com um indiciamento neste momento.

O relatório foi enviado ao Ministério Público de São Paulo, que agora decidirá os próximos passos. A Promotoria pode optar pelo arquivamento do inquérito, solicitar novas diligências para esclarecer dúvidas adicionais, ou ainda denunciar o filho do presidente, caso considere que o conjunto de provas seja suficiente.

Natália Schincariol, a ex-companheira de Luís Cláudio, registrou um boletim de ocorrência em abril deste ano, relatando um caso de violência doméstica. Uma medida protetiva foi concedida a favor dela naquele mês.

No boletim, registrado pela delegacia eletrônica, ela mencionou ter recebido uma cotovelada na barriga durante uma briga em janeiro. Natália também expressou preocupações com sua integridade física e saúde mental, alegando ter sido hospitalizada por crises de ansiedade e ter sido alvo de ameaças e ofensas verbais por parte do ex-companheiro, que a teria chamado de “doente mental”, “feia” e “vagabunda”.

Filho de Lula fala sobre denúncia de agressão contra ex-mulher
Natália Schincariol e Luís Cláudio Lula da Silva. Foto: reprodução

Durante o depoimento na Delegacia da Mulher, tanto Natália quanto Luís Cláudio afirmaram que a cotovelada na barriga foi acidental, ocorrendo durante uma discussão sobre a posse de um celular. Natália, no entanto, explicou à polícia que não ficou gravemente ferida, sem marcas visíveis.

Como não houve exame de corpo de delito, devido ao lapso de tempo entre o incidente e o registro policial em abril, não foi possível confirmar a existência de lesões corporais. A polícia não fez comentários sobre as intenções envolvidas no incidente no relatório.

Quanto às alegações de ataques verbais, a maioria das mensagens anexadas no inquérito pela ex-companheira não continha explicitamente as ofensas mencionadas no boletim de ocorrência. Natália esclareceu que essas ofensas eram geralmente verbais.

Conforme relatado pelos policiais, a maioria dos diálogos referia-se a disputas de um casal em processo de separação, com questões patrimoniais pendentes. Além disso, Natália informou à polícia que planejava apresentar duas testemunhas para depor, mas acabou desistindo dessa decisão.

Luís Cláudio, por sua vez, negou qualquer tipo de violência contra a ex-mulher. Vale destacar que a mesma defesa já tinha sido feita publicamente. “Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela. Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência”, afirmou ele ao UOL.

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Última Atualização: 18/07/2024