A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu que não houve crime de racismo no episódio do último dia 31 de março, quando uma jogadora do time da equipe sub-20 do Internacional, que estava na arquibancada, atirou uma banana em direção ao banco de reservas da equipe do Sport Recife, em jogo do Brasileirão Feminino A1.
Segundo as investigações, não houve intenção discriminatória no ato investigado. A atleta acusada foi enquadrada por causar tumulto durante evento esportivo, crime previsto na Lei Geral do Esporte.
O caso aconteceu logo depois que o time do Sport marcou um gol na partida, que foi disputada em Porto Alegre e terminou empatada em 2 a 2. A investigada, que acompanhava a partida das arquibancadas, alegou ter agido por impulso naquele momento, aborrecida com o gol do time adversário. Ela conta que arremessou um copo de plástico que estava em suas mãos.
A suposta agressão racista foi registrada pela TV Brasil, emissora que transmitia o jogo. As imagens mostram a banana na mão de uma integrante da equipe de arbitragem, depois de denúncia das jogadoras e da comissão técnica do Sport.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que o copo caiu em meio às cadeiras da arquibancada. A banana, junto ao banco de reservas. Durante as investigações, a delegada responsável pelo caso ouviu cinco atletas do time pernambucano, que relataram não ter ouvido xingamentos ou insultos discriminatórios.
Por conta do episódio, a atleta teve o contrato com o Internacional rescindido. O clube gaúcho foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a obrigação de disputar três partidas com portões fechados, sem a presença de torcedores.
O clube gaúcho e o STJD foram procurados após a decisão da Polícia do Rio Grande do Sul, mas ainda não se manifestaram.