O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 16 (IPCA-16), conhecido como a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou um aumento de 0,31% nos preços em julho, conforme divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este resultado superou as expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,24% para o mês.
O grupo de Transportes teve notável influência no índice, com um aumento de 1,13%, contribuindo com 0,24 ponto percentual (p.p.) para o índice geral.
Especificamente, as passagens aéreas, que registraram um aumento de 19,22%, tiveram o maior impacto individual, com 0,13 p.p. A gasolina também se destacou com uma valorização de 1,44% e um impacto adicional de 0,08 p.p. no indicador.
Comparativamente, o índice geral desacelerou em relação ao mês anterior, que havia registrado uma alta de 0,40%. Em contraste, em julho de 2024, foi registrada uma deflação de 0,08%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-16 acumula uma alta de 4,46% (acima do teto da meta estipulado pelo governo em 4%).
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE mostraram aumento nos preços. O grupo Habitação teve a maior alta percentual com 0,50%, impactando o índice em 0,08 p.p. Destaca-se também o grupo Alimentação e bebidas, que experimentou uma deflação de 0,45%, marcando a segunda vez que o grupo registra queda em nove meses.
A deflação no subgrupo de Alimentação no domicílio foi de 0,71%, influenciada pelas quedas nos preços da cenoura (-22,00%), tomate (-18,00%), cebola (-8,00%) e frutas (-3,00%).
Por outro lado, houve aumentos nos preços do leite longa vida (2,59%) e café moído (2,55%). A Alimentação fora do domicílio subiu 0,26%, desacelerando em relação a junho.
Outro destaque foi o ajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha pela Petrobras no início do mês, sendo o primeiro reajuste da gasolina desde novembro de 2024.
Isso levou a um aumento de quase 5% no preço médio do litro da gasolina nas últimas duas semanas, alcançando o maior valor registrado durante o atual governo, com a gasolina sendo vendida a uma média de R$ 6,15 por litro, e o preço máximo encontrado nos postos foi de R$ 8,00.