O Indicador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea) por Faixa de Renda revela que a inflação desacelerou para as famílias com renda baixa e muito baixa em julho. Os dados foram divulgados na quarta-feira (14).
Para esses dois segmentos, as taxas de inflação foram, respectivamente, de 0,09% e 0,18% no mês passado, um recuo de 0,29% em relação a junho. Já para as famílias com renda alta o índice inflacionário ficou em 0,8% no mesmo período, diante de 0,04% no mês anterior.
Leia mais: Número de desempregados há mais de 2 anos cai 17,3% no 2º trimestre e é o menor desde 2015
O grupo alimentos e bebidas apresentou queda em todas as faixas de renda. O Ipea registrou recuo nos preços em 10 dos 16 itens que formam esse conjunto de produtos.
Para alivio dos segmentos com renda baixa e muito baixa, houve deflações em importantes itens alimentícios, como cereais (-0,77%), tubérculos (-16,3%), frutas (-2,8), leite e derivados (-0,41%) e aves e ovos (-0,65%), entre outros, que tiveram queda de preços em julho, segundo o Indicador Ipea.
Leia mais: Vendas no varejo crescem 5,2% no primeiro semestre deste ano
Outro grupo com queda foi o de vestuário, com leve recuo de 0,02% nos preços observados em julho. Já no segmento de artigos para residência houve reajuste na casa dos 0,62% nos preços de eletroeletrônicos, em comparação com 2023.
Já no grupo habitação na composição da inflação de julho, foi verificado reajuste de 1,9% no preço de energia elétrica, em razão da adoção da bandeira amarela, e de 1,2% do gás de botijão. Dois itens que atingem especialmente as famílias de baixa renda.
Leia mais: Inscritos no CadÚnico ocupam 76% dos empregos criados no 1º semestre
Apesar dos aumentos pontuais, os índices gerais revelados confirmam, também, que famílias com renda baixa e muito baixa apresentam as menores taxas de inflação acumulada em 12 meses, no patamar de 4,05%. No mesmo período, a faixa de renda alta tem taxa mais elevada, na casa dos 5,09%.
Da Redação