A indústria brasileira encerrou o ano de 2024 com um crescimento acumulado de 3,1%, após variar 0,1% em 2023, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira.

Este é o terceiro resultado anual mais elevado da indústria nos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2010, quando registrou índice de 10,2%, e 2021, com taxa de 3,9%, resultado inserido no contexto de recuperação da pandemia após o setor sofrer queda de 4,5% em 2020.

Vale lembrar que o crescimento de 2021 foi precedido de um recuo de 7,1% em 2009.

Segundo André Macedo, gerente da pesquisa, os dados foram afetados por uma série de fatores, como “o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”.

As principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).

A partir dos dados do IBGE, o Jornal GGN elaborou alguns cálculos para explicar o que, de fato, puxou a recuperação da indústria. Quando analisamos os dados a partir das grandes categorias econômicas, o gráfico mostra que a indústria desacelerou no comparativo com novembro, e o setor de bens intermediários teve um desempenho apenas estável.

Porém, na comparação com o total de 2023, é possível ver a recuperação dos setores de bens de capital (13,25%) e de bens de consumo duráveis (9%), o que ajuda a explicar o crescimento no acumulado.

Quando analisamos quais as áreas que mais cresceram, é possível verificar a predominância na fabricação de equipamentos – a fabricação de máquinas-ferramenta acumulou 91,8% de crescimento em um mês e em 12 meses. A exceção ficou com o segmento de tecelagem, exceto malha (48,2% de crescimento em um mês).

Por outro lado, setores ligados à alimentação (fabricação de conservas de frutas e legumes, fabricação e refino de açúcar), consumo (brinquedos, artefatos para pesca e esporte) e biocombustíveis apresentaram as principais quedas.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 05/02/2025