A indústria brasileira apresentou desempenho praticamente estável no mês de abril, com uma variação de 0,1% em relação a março, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o índice acumulado para o primeiro quadrimestre de 2025 aponta um crescimento de 1,4%. O total apurado em 12 meses (2,4%) permaneceu com taxa positiva, mas apontou perda de ritmo frente aos resultados de março (3,1%), fevereiro (2,6%) e janeiro de 2025 (2,9%).
Em relação a abril de 2024, a variação de -0,3% interrompe dez meses consecutivos de crescimento e mostra predomínio de resultados negativos, alcançando duas das quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades.
Neste caso, os dados não foram afetados apenas pelo efeito-calendário – abril de 2025 teve dois dias úteis a menos -, como também pela base de comparação mais elevada, já que a atividade avançou 8,4% em abril do ano passado.
Taxas positivas predominam no comparativo mensal
Apesar da estabilidade, os dados mostram predomínio de taxas positivas, cobrindo três das quatro categorias econômicas e 13 dos 25 ramos industriais. Segundo o IBGE, a produção está 3% acima do visto no período pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 14,3% do recorde histórico (maio de 2011).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,4%), bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%) ficaram no campo positivo, enquanto bens de consumo semi e não duráveis (-1,9%), no negativo.
Para as atividades, as influências positivas mais significativas vieram de indústrias extrativas (1,0%), impulsionado pela maior extração de petróleo e minério de ferro; e bebidas (3,6%), afetado pela maior produção de cerveja, chopp e refrigerante.
Outras contribuições positivas foram registradas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de impressão e reprodução de gravações (11,0%).
Entre as 11 atividades industriais com queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%) exerceram os principais impactos negativos na média da indústria, além das influências negativas de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de máquinas e equipamentos (-1,4%), de móveis (-3,7%), de produtos diversos (-3,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).