Indústria brasileira registra crescimento mais significativo desde o início da pandemia

A produção industrial brasileira registrou um crescimento de 4,1% entre maio e junho, o melhor resultado desde julho de 2020, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, divulgada na sexta-feira (2). Com esse resultado, o setor ultrapassou o nível pré-pandemia, de 2,8% em fevereiro de 2020. 

Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram em junho. As influências positivas mais significativas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que o avanço mais acentuado observado em junho está relacionado não só com a base de comparação depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção (-1,8%), mas também pela volta à produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024.

O setor de produtos químicos, com a alta de 6,5% em junho, eliminou o recuo de 2,7% observado no mês anterior. Macedo avalia que esse é um setor que, de forma direta ou indireta, sofreu com os impactos das chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul. Algumas plantas industriais tiveram paralisações. Com isso, o avanço observado em junho é, primordialmente, um fator de compensação, mas que suplanta a queda assinalada em maio.

Com relação ao setor de produtos alimentícios (2,7%), Macedo aponta que houve alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves.

Já para as indústrias extrativas (2,5%), os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansões: minério de ferro e petróleo.

Também contribuíram para o avanço os segmentos de metalurgia (5,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), de bebidas (3,5%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de produtos do fumo (19,8%) e de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).

Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, outros equipamentos de transporte (-5,5%) exerceu o principal impacto em junho de 2024 e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,8%.

Com informações do IBGE

Edição: Priscila Lobregatte

Artigo Anterior

Federais lançam plano para revitalizar infraestrutura rodoviária no Rio Grande do Sul

Próximo Artigo

Força Armada abre inquérito para apurar envolvimento de quatro militares em carta que apoiava a candidatura de Jair Bolsonaro

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!