O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), em manifestação pública nesta sexta-feira (5), foi claro: “indulto é golpismo de marcha à ré”. A frase foi dita após o leilão do túnel Santos-Guarujá, em evento ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e deixou claro o posicionamento do Planalto frente à proposta de anistia a bolsonaristas em debate no Congresso.
Afirmando que a democracia “está na índole do povo brasileiro” e que o país não tolera retrocessos institucionais, Alckmin reforçou que o perdão a condenados de tentativas de golpe de Estado é “inadmissível”.
Leilão do túnel e divergências políticas
Não foi por acaso que Alckmin escolheu a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), durante o leilão da obra que ligará Santos ao Guarujá, para fazer o pronunciamento.
No evento, ele esteve ao lado de Tarcísio, mas a proximidade entre os dois no gesto simbólico — batendo o martelo do leilão juntos — contrasta com a divergência pública sobre o indulto.
Enquanto Alckmin defende coesão institucional e respeito ao Judiciário, a atuação de Tarcísio nos bastidores em Brasília sugere outro foco de articulação: a anistia aos seus aliados políticos. .
O governador paulista esteve em Brasília nos últimos dias reunido com líderes do Centrão para destravar o projeto de anistia. Há sinais de que ele vê nessa agenda uma ponte para as eleições de 2026.
