O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indicado pela Polícia Federal no caso das joias sauditas, o que é “mais um passo na busca da verdade e da Justiça”, afirmou Gleisi Hoffmann, presidenta do PT.
Essa é apenas uma das muitas contas que ele terá de prestar pelos crimes que cometeu contra o país e o mandato que recebeu, disse em suas redes sociais.
O vice-líder do governo Lula na Câmara, Rogério Correia, comemorou Bolsonaro ter sido enquadrado pela PF nos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além de inelegível, vai acabar preso, comentou.
A deputada federal e líder da bancada da federação PSOL-Rede, Erika Hilton, disse que não fazia sentido Bolsonaro não ser indiciado nas investigações de dois esquemas nos quais ele foi o maior beneficiado.
Em ambos os casos, Bolsonaro corrompeu as funções do Estado para ganho próprio, e precisa ser investigado, julgado e condenado por isso, comentou.
O senador e ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro (União-PR), comparou o caso de Bolsonaro com o do presidente Lula, que também teve o recebimento de presentes estrangeiros questionado durante a Lava Jato, onde o parlamentar foi juiz titular.
Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares, escreveu.
O advogado da família Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou que a ação da PF é arbitrária, injusta e persecutória.
Advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim, justificou.