Nesta segunda-feira (20), em Washington, D.C., a posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos ocorre no mesmo local que foi palco de um dos eventos mais violentos da história recente do país: a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Segundo Jamil Chade, do Uol, oito pessoas indiciadas por aquele ataque receberam autorização judicial para comparecer à cerimônia, desde que não tenham participado de atos violentos contra pessoas.
A decisão judicial reflete um cenário onde os processos contra centenas de invasores podem ser rapidamente arquivados com o retorno de Trump à Casa Branca.
Durante sua campanha, o republicano referiu-se ao 6 de janeiro como “dia do amor” e chamou os participantes de “patriotas”, usando pronomes como “nós” para se referir aos agressores. A relação entre Trump e esses grupos foi ainda mais cimentada com a participação de membros de organizações radicais como os Proud Boys em seus comícios.
Até o último dia do governo Biden, mais de 1.560 indivíduos haviam sido acusados, com 160 policiais feridos e danos estimados em US$ 2,8 milhões.
Enrique Tarrio, líder dos Proud Boys, recebeu uma sentença de 22 anos por conspiração contra os EUA. No entanto, com a estimativa de que até 2.500 pessoas poderiam ser potencialmente acusadas, a nova administração republicana promete um fim abrupto para essas investigações.
Em março, Trump mencionou a possibilidade de conceder perdão aos invasores como uma de suas primeiras ações presidenciais, embora detalhes sobre quem seria perdoado permaneçam vagos.
O presidente estadunidense também demonstrou apoio financeiro aos detidos através de eventos de arrecadação e até fez uso político da música “Justice for All” interpretada pelo “J6 Prison Choir”, composto por detentos acusados de participar da invasão.
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