A inflação brasileira está prevista para continuar em um ritmo acelerado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,62% em novembro em comparação com outubro.
O índice superou as expectativas do mercado, com a agência Bloomberg prevendo um avanço de 0,50% e o consenso Lseg estimando um aumento de 0,48%.
O IPCA-15 acumula alta de 4,35% este ano e 4,47% nos últimos 12 meses. Em comparação com novembro do ano passado, a taxa foi de 0,33%.
Até agora, o IPCA-15 está acima da meta da inflação definida pelo Banco Central, que é de 4,5% este ano.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, que mede a inflação oficial no país. Ele considera a cesta de consumo para famílias que recebem entre um e quarenta salários mínimos.
Alimentação cada vez mais cara
Para calcular o IPCA-15, o IBGE monitora os preços em nove categorias. Em novembro, os preços subiram em oito delas, com exceção de Educação, que registrou uma redução de 0,01%.
A Alimentação e Bebidas foi o grupo que mais subiu, com uma alta de 1,34%, o que teve um impacto de 0,29% no IPCA-15.
A alimentação em domicílio está se tornando cada vez mais cara, com um aumento de 1,65% em novembro.
A expansão generalizada dos preços foi impulsionada por itens básicos da alimentação, como óleo de soja, tomate e carne.
Do lado contrário, a cebola foi o item alimentar com maior queda no preço, com uma redução de 11,86%.
Outras altas
Segundo o IBGE, as despesas pessoais e os transportes também subiram, com índices positivos de 0,83% e 0,82%, respectivamente.
Vestuário (0,36%), Habitação (0,22%), Saúde e cuidados pessoais (0,18%); bem como Artigos de residência (0,11%) e Comunicação (0,11%) também avançaram.
As passagens aéreas tiveram uma das maiores subidas, com um avanço de 22,56% em novembro.
A conta de energia elétrica, por outro lado, ficou mais barata, com um aumento de apenas 0,13% em novembro.